Abstenção foi de 39,68% no primeiro dia e 41,42% no segundo. Apenas oito candidatos foram eliminados.
A segunda aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016 aconteceu neste fim de semana, dias 3 e 4 de dezembro, em 23 estados e no Distrito Federal. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a abstenção foi de 39,68% no primeiro dia e 41,42% no segundo.
Considerando a aplicação das duas edições do Enem 2016, 6.005.607 dos 8.627.195 inscritos fizeram as provas. Com isso, a abstenção final ficou em 30,4%.A primeira aplicação teve a ausência de 2.507.596 participantes entre os 8.356.215 esperados.
Os candidatos que faltaram ao Enem 2016 geraram um custo de R$ 236 milhões aos cofres públicos. “É dinheiro do cidadão”, lamentou a presidente do INEP, Maria Inês Fini.
As provas foram aplicadas em 166 municípios e 419 locais de aplicação. No total, 277.657 candidatos estavam aptos a fazer o Exame neste fim de semana, sendo 273.524 em decorrência da ocupação das instituições de ensino nas quais realizariam o Enem nos dias 5 e 6 de novembro e 4.133 por terem enfrentado problemas de infraestrutura na primeira prova.
Nos dois dias, 11 estudantes foram eliminados por descumprimento das regras gerais, sendo três no primeiro e oito no segundo. Por outro lado, não foram registrados estudantes que se recusaram a realizar a coleta do dado biométrico ou portando equipamentos proibidos identificados por meio de detector de metal. Também não houve registro de ocorrências na logística de aplicação.
Em coletiva de imprensa realizada logo após a segunda aplicação do Enem, o ministro da Educação, Mendonça Filho, informou que o Ministério da Educação (MEC) realizará consulta pública para aprimorar as edições de 2017 e 2018 do exame, que deve passar pro reestruturação a partir do próximo ano.
O Inep já adiantou, na última semana, que estuda excluir a participação de estudantes treineiros e pessoas que fazem as provas para obter o certificado de conclusão do ensino médio.
Provas
O Exame começou às 13h30, conforme o horário de Brasília. No primeiro dia, os candidatos tiveram 4h30 para responder 45 questões de Ciências Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia) e 45 de Ciências da Natureza (Biologia, Física e Química).
No segundo, foram concedidas 5h30 para resolução de 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias (língua portuguesa, literatura e inglês ou espanhol) e 45 de Matemática e elaboração de uma redação sobre “Os Caminhos para Combater o Racismo no Brasil”.
Os cadernos de questões e gabaritos oficiais do Enem das escolas ocupadas serão divulgados na quarta-feira, 7 de dezembro. Já o resultado vai sair junto com o dos demais participantes, no dia 19 de janeiro de 2017.
Segunda aplicação
A nova aplicação do exame foi necessária por causa das ocupações de escolas e instituições de ensino superior contra a reforma no ensino médio e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/55, além de problemas de infraestrutura como falta de energia durante as provas de novembro.
O MEC já acionou a Advocacia Geral da União (AGU) em busca de reparo dos prejuízos causados pelo adiamento das provas do Enem 2016. Conforme o órgão, o gasto com o novo Enem é de R$ 10.512.564,33.
Na quinta-feira, 1º, a Polícia Federal (PF) concluiu que houve vazamento do gabarito e do tema da redação do Enem 2016, aplicado em 5 e 6 de novembro. O Inep negou o vazamento do gabarito e afirmou que as provas de novembro não serão canceladas.
Mais informações podem ser obtidas pelo Edital do Enem 2016 ou pelo telefone 0800-616161.
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