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Ivana de Siqueira, nova integrante do MEC, diz que pasta não vai permitir retrocessos. ‘Direitos humanos não é pauta de só um partido’, disse.

Ao assumir a secretaria que cuida da diversidade do Ministério da Educação, Ivana de Siqueira disse nesta quarta-feira (8) que vai insistir em pautas como violência contra mulher e “todas as que são consideradas polêmicas” pelo Congresso e pela maioria da sociedade.

Ela lembrou o caso de estupro coletivo que ocorreu no Rio de Janeiro. “A gente precisa ensinar na escola o respeito a gênero, à diversidade sexual. Isso tem que ser aprendido na escola”, disse.

Segundo a secretária de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), não serão permitidos retrocessos. A pasta irá apostar no diálogo, afirmou.

Questionada sobre a possível desaprovação das medidas no Congresso Nacional – com o qual o presidente Michel Temer conta para garantir o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff –, ela declarou que vai contar com o apoio de grupos da sociedade.

“Acredito na força dos movimentos sociais. Essa força reflete muito dentro do congresso”, continuou a secretária, servidora do MEC desde 1994. “Vamos trabalhar com os movimentos.”

Ela vai contar com um orçamento de R$ 500 milhões neste ano (dos R$ 130 bilhões à disposição do MEC pra este ano). Ivana não adiantou concretamente quais serão os primeiros projetos que pretende apresentar à frente da secretaria. Citou apenas exemplos de áreas prioritárias como educação de jovens e temáticas relacionadas aos direitos humanos ou pessoas com deficiência.

Ivana defendeu o ministro da Educação, Mendonça Filho, filiado ao DEM e que é conhecido por ser ter tendências mais conservadoras. “Já encontrei resistência em outros partidos. Se a pessoa for aberta pode encaminhar. Parece que [direitos humanos] é uma pauta só de um partido, mas não é.”