Em assembleia, categoria não aceitou aumento de 3% proposto pelo Cruesp.
Expectativa do sindicato é que 4 mil funcionários parem nesta segunda-feira.
Os servdores técnico-administrativos da Unicamp começaram esta segunda-feira (23) em greve no campus de Campinas (SP). Cerca de 400 trabalhadores se reuniram durante a manhã para passar por todos os institutos e mobilizar os demais funcionários da instituição. A expectativa é que 4 mil pessoas parem os trabalhos nesta segunda, segundo a categoria.
A universidade informou, por meio de nota, que avalia os efeitos da paralisação no campus Campinas, mas adiantou que as atividades na área da saúde funcionam normalmente. O mesmo ocorre em parte das unidades de ensino e pesquisa.
A instituição destacou que representantes do sindicato impediram “de forma intimidatória” a entrada de servidores em alguns órgãos da administração central.
Informou ainda que as negociações estão sendo realizadas no âmbito das universidades, com reunião agendada para o dia 30, em São Paulo.
Reajuste, isonomia e apoio a estudantes
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Unicamp (STU), eles protestam por reajuste salarial de 12,3% e isonomia dos pisos em relação aos trabalhadores da USP. A categoria negou a proposta de 3% de aumento feita pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp).
A classe também apoia a mobilização de estudantes contra o corte de verbas que afeta a estadual de Campinas que pode chegar a R$ 40 milhões, segundo resolução publicada no mês passado pela universidade.
Segundo o diretor do STU, Teófilo Reis, a paralisação já começou com intervenções em órgãos ligados à reitoria para chamar mais trabalhadores e convencê-los sobre a relevância da greve.
“Nossa greve começou hoje com piquetes em dois órgãos da reitoria: Diretoria Geral da Administração (DGA) e Diretoria Geral de Recursos Humanos (DGRH)”, afirma.
Entenda o caso
Os servidores das áreas técnica e administrativa da Unicamp decidiram em assembleia agendar greve para esta segunda-feira (23).
Eles pedem isonomia salarial em relação à USP e reajuste de 12,3%. A classe não aceitou o aumento de 3% proposto pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) na última segunda-feira (16).
Em nota, a instituição admitiu que o índice proposto não repõe as perdas salariais, mas destacou que se esforça para a recuperação, “tão logo as condições econômicas permitam”. A nota assinada pelo reitor da Unicamp e presidente do conselho, Tadeu Jorge, considera que as instituições estão “diante da pior crise econômica da história da autonomia universitária”.
A Unicamp tem 8,5 mil servidores técnico-administrativos e 1,7 mil docentes. Ao todo, são 18,6 mil alunos matriculados em cursos de graduação, além de 7,8 mil em cursos de extensão. O engenheiro José Tadeu Jorge foi nomeado reitor em abril de 2013 pelo governo paulista.
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