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Por Parou Tudo

Um estudo realizado em vários Estados do país identificou que 19,3% dos alunos de escola pública não gostariam de ter um colega de classe homossexual, travesti, transexual ou transgênero. Mais 8 mil estudantes na faixa de 15 a 29 anos foram ouvidos.

Chamada “Juventudes na Escola, Sentidos e Buscas: Por que frequentam?”, a pesquisa ouviu mais de 8 mil estudantes entre 15 e 29 anos.

Dentre os entrevistados, 7,1% não queriam ter travestis como colegas de classe. Homossexuais (5,3%), transexuais (4,4%) e transgêneros (2,5%) também aparecem na lista dos rejeitados por parte dos jovens ouvidos na pesquisa. O grupo só fica atrás de bagunceiros (41,4%) e “puxa-saco” dos professores (27,8%).

O levantamento foi realizado com o apoio da Flacso-Brasil (Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais), OEI (Organização dos Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura) e do MEC (Ministério da Educação).

“É impressionante, a questão da homofobia aparece de uma forma muito contundente no número de jovens que não queria ter colegas homossexuais”, diz a socióloga Miriam Abramovay, coordenadora da pesquisa.

“O que percebemos é que esse número é tão alto quanto na primeira pesquisa, “Juventude e Sexualidade” [de 2004]“, diz a socióloga.