Por Marina Baldoni Amaral
Diretora da Flacso Brasil, Salte Valesan Camba, assina o pacto contra o Zika. Foto: Marina Baldoni
A Flacso Brasil assinou, junto a outras 19 entidades, o Pacto da Educação Brasileira contra o Zika. A iniciativa do Ministério da Educação (MEC) tem o objetivo de articular uma grande rede de mobilização para realizar um plano de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika – em todos os segmentos da educação brasileira.
Em cerimônia nessa quinta-feira (4), no palácio do Itamaraty, em Brasília, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante destacou a necessidade de combater o mosquito como a principal estratégia de enfrentamento ao vírus Zika, relacionado à microcefalia em recém-nascidos: “Não temos tratamento que responda a esse nível de preocupação”, disse, destacando a necessidade de “proteger nossos futuros estudantes, para que possam exercer todo seu potencial”.
O secretario executivo adjunto do Ministério da Saúde, Neilton Oliveira, também presente na cerimônia, avalia que o enfrentamento ao Aedes aegypti deve ser feito em três níveis: mobilização, assistência e investimento em pesquisas e estudos sobre o mosquito e as doenças que ele transmite. “O foco é: todos contra o mosquito”, disse. Ele entende que serão necessários pelo menos entre três e quatro anos de “vigilância permanente e manutenção cotidiana de esforços”.
O governo avalia que, mesmo com investimentos em pesquisa, uma vacina contra o vírus deve levar entre três a cinco anos ser desenvolvida. “Neste momento a única resposta que temos é lutar incansavelmente para impedir que esse mosquito se reproduza”, afirmou Mercadante. Ele anunciou uma mobilização nacional da Educação para o dia 19 de fevereiro: “Somos 60 milhões de brasileiros organizados nas salas de aula, não há outro coletivo organizado nessa magnitude”, avalia.
Representantes das entidades que assinaram pacto contra o Zika reunidos com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Foto: Marina Baldoni
O MEC pretende usar as escolas, universidades e institutos de educação como meio para estabelecer diálogo, levantar debates e levar informações sobre o combate ao mosquito. Entre as medidas previstas estão o envio de cartas a todas as secretarias de educação e todos diretores de escolas do país, envolvendo também professores, servidores e estudantes das redes públicas e privadas do ensino básico ao universitário. Na cerimônia de assinatura do pacto estiveram presentes 110 secretários municipais de educação, 22 secretários estaduais e representantes de entidades estudantis e de instituições ligadas ao segmento educacional.
Mais informações: http://combateaedes.saude.gov.br
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