Eles temem a extinção da Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid).
Professores e estudantes do IFS e UFS se reuniram em Aracaju.
Professores e alunos dos cursos de licenciatura da Universidade Federal de Sergipe (UFS) e do Instituto Federal de Sergipe (IFS) se manifestaram contra o possível corte do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). Eles se reuniram na manhã desta terça-feira (14) na Praça Fausto Cardoso, no Centro de Aracaju.
“A sociedade precisa entender a importância desse programa de valorização na formação do professor. Diante dessa crise do país, a gente teme que ocorra um corte de bolsas ou até mesmo que acabe com o próprio Pibid. As bolsas de R$ 400 incentivam os nossos docentes a desempenharem trabalhos diferenciados em escolas públicas desde o início da formação no nível superior”, explica Rosanne Albuquerque, coordenadora institucional do Pibid/IFS. Cerca de 50 estudantes dos cursos de química, matemática e física do Instituto Federal recebem esse incentivo.
O programa foi implantado na UFS há oito anos e tem 1,5 mil alunos beneficiados ativamente. São estudantes de 23 cursos de licenciatura espalhados nos campi São Cristóvão, Laranjeiras e Itabaiana.
“Nós trabalhamos em escolas públicas da capital e do interior. Os nossos alunos beneficiados com a bolsa de iniciação vão para as escolas já no início da licenciatura, antes mesmo de chegarem ao estágio obrigatório. Isso permite uma formação mais integrada do conhecimento. Além disso, o programa evita a evasão dos estudantes que muitas vezes precisam trabalhar para se manter estudando e professor bem formado tem condições de passar uma boa educação”, afirma Glicélia Mendes, coordenadora institucional do Pibid/UFS.
Kefus Ibraim Santana Cardoso, estudante do 7º período de licenciatura em História da UFS, recebe a bolsa do programa há dois anos. Ele desenvolve projetos pedagógicos no Colégio Estadual Atheneu Sergipense, na capital.
“Estamos lutando porque há boatos do corte dessa bolsa e até do programa, se isso acontecer deixará de ter um investimento na formação do docente e o fim de ações educativas importantes. Lá no Atheneu a gente desenvolve atividades como jogos com temas da História geral e regional para ajudar na aprendizagem. Também fazemos um jornal informativo com questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e também sobre dicas culturais da cidade. Nosso objetivo é estreitar relações entre aluno, professor e educação”, destaca Kefus.
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