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Restaurante universitário foi fechado para reforma, mas obra foi paralisada.
Instituição afirma que a construção será retomada por uma nova empresa.
Do G1 São Carlos e Araraquara

Fonte: Google

Fonte: Google

Estudantes da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Araraquara cobram da instituição o fornecimento de refeições subsidiadas. O restaurante do campus foi fechado em janeiro e os universitários estão gastando bem mais do que os R$ 2,75 cobrados no bandejão para almoçar ou jantar.

O prédio foi fechado para reforma, mas a obra parou. De acordo com a Unesp, a empreiteira responsável interrompeu a construção por um longo período e isso levou à quebra de contrato. Ainda segundo a universidade, a previsão é de que as obras no restaurante sejam retomadas por uma nova empresa em outubro e o prazo para o término do serviço é de um ano.

Bandejão
Os estudantes contam que se alimentavam bem na unidade e que a proximidade do restaurante era importante na rotina de estudos. “Comida, salada, arroz e feijão à vontade, duas misturas e sobremesa, além do suco. Facilitava bastante para a gente porque era um lugar próximo, era bem barato e a comida era bem gostosa”, afirmou José Francisco Magili, estudante de ciências sociais.

Bolsista, William Ferreira da Silva recebe R$ 400 que ajudam nos custos com transporte e alimentação. Sem o restaurante universitário, passou a receber mais R$ 100 para fazer as refeições, porém gasta R$ 300 para cozinhar em casa.

“Eu venho para a aula de manhã, tenho que voltar para casa para almoçar e depois voltar para cá à tarde para poder estudar, às vezes eu tenho aula à noite também e isso dificulta porque tem o transporte. A própria alimentação em casa sai muito mais cara e é impossível conseguir uma alimentação que não no restaurante universitário a R$ 2,75”, disse o estudante de letras.

Preços
Até sexta-feira (11), os alunos têm à disposição os food trucks participantes de um evento do curso de economia. Mas a praticidade de ter refeições por perto, segundo os universitários, não compensa o preço dos pratos vendidos. Na cantina, o problema é o mesmo. “Uma coxinha na cantina é R$ 3, o que ultrapassa o valor da refeição que a gente comia aqui”, afirmou Tayná Pinheiro, aluna de pedagogia.

Para evitar os gastos elevados e o deslocamento, Dierlem Cristina de Oliveira leva marmitas para o campus, mas nota um impacto negativo na rotina porque chega tarde em casa e ainda tem que cozinhar. “Seu rendimento abaixa também, tanto na faculdade quanto em outras atividades que você precisa desenvolver”.

Restaurante universitário da Unesp foi fechado em janeiro (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)

Restaurante universitário da Unesp foi fechado
em janeiro (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)

Em busca de uma solução, os estudantes conversaram com o diretor da Unesp. “A gente pesquisou praticamente todas as marmitarias de Araraquara, cotamos os preços e a gente encontrou marmitarias a R$ 5, R$ 6, o que seria praticamente dobrar o valor da nossa alimentação aqui. Para quem almoça, janta, seria o dobro do preço. Então a gente espera que a diretoria entre com o restante para completar o preço da marmita”, disse Magili.

A direção da Faculdade de Ciências e Letras informou, porém, que não tem orçamento para arcar com essa diferença no valor das marmitas.