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Um total de 20 mil alunos de quatro campi estão parados desde 28 de maio.
Grevistas dizem que governo se recusa a apresentar plano de carreira atrativo.

Entre as reivindicações estão reajuste salarial de 27% (Foto: Reprodução/TVCA)

Entre as reivindicações estão reajuste salarial de 27% (Foto: Reprodução/TVCA)


 

A greve dos professores e técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) completa 100 dias nesta terça-feira (8). Iniciada no dia 28 de maio, a paralisação tem afetado cerca de 20 mil alunos e 1.800 professores dos campi de Cuiabá, Barra do Garças, Sinop e Rondonópolis. As negociações entre o governo federal e os sindicatos não têm tido grandes avanços.

Segundo o membro do comando local de greve, Maelison Silva Neves, não houve acordo na última reunião realizada entre o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN) e o Ministério da Educação (MEC), na última quinta-feira (3).

As negociações estão complicadas por causa da intransigência do governo federal. Eles estão se recusando a apresentar um plano de carreira atrativo para os professores”, afirma.

Ainda de acordo com Neves, a última proposta salarial feito pela união ao professores foi recusada porque era escalonada e não repunha as perdas causadas pela inflação. Um outro encontro entre as duas instituições deve acontecer essa semana.

Entre as reivindicações do movimento grevista estão reajuste salarial de 27%, autonomia das decisões das universidades federais, planos de carreira para os docentes, fim dos cortes de investimento no ensino superior e melhoria nas condições de trabalho.

Segundo o membro do comando local de greve do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos e Administrativos da UFMT (Sintuf-MT), Benedito Ferraz, apenas os serviços essenciais da universidade estão funcionando. “Estamos em um regime de trabalho de 30% onde existe algum tipo de urgência, como o Hospital Veterinário e o Universitário”, explica.

O Restaurante Universitário da instituição, que funciona sob o comando de uma empresa privada, tem funcionado à base de marmitas. A Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Prae-UFMT) tem cadastrado os alunos que pretendem receber as refeições.

A assessoria de imprensa da UFMT informouque a reitora da instituição, Maria Lúcia Cavalli Neder, se mantém aberta ao diálogo. A universidade, de acordo com a assessoria, respeita os direitos dos trabalhadores.

Sobre as mudanças no calendário, a assessoria explicou ainda que somente após o término da greve é que o calendário acadêmico será reformulado. As aulas devem continuar a partir do momento em que pararam. Após a reformulação do calendário, as novas datas de ingresso de novos alunos serão divulgadas.

Histórico
A maior greve das universidades federais aconteceu em 2012 e durou pouco mais de quatro meses. Na época, a paralisação teve inicio no dia 17 de maio. O Andes decidiu pelo retorno às atividades no dia 16 de setembro, totalizando 125 dias.

A segunda maior aconteceu no ano de 2005. Os alunos ficaram 112 dias sem aulas, naquele ano.