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Grupo quer reunião para discutir suspensão de calendário acadêmico.
Na sexta (3), liminar determinou que calendário seja mantido durante greve.

Do G1 AM

Grupo se reuniu Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Ufam (Foto: Luis Henrique Oliveira/G1 AM)

Grupo se reuniu Instituto de Ciências Humanas e Letras (ICHL) da Ufam (Foto: Luis Henrique Oliveira/G1 AM)

O Comando Local Unificado de Greve (CLUG), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizou nesta quarta-feira (8) uma passeata e um apitaço na sede da instituição, em Manaus. O grupo pede que a reitora Márcia Perales acione a Procuradoria Federal para que o Conselho Universitário (Consuni) possa se reunir e deliberar sobre a suspensão do calendário acadêmico.

“Estamos pleiteando o pedido que foi formalizado no dia 3 de julho na reunião do Consuni, que era que a reitora entrasse com recurso contra a liminar que suspendeu a responsabilidade do Consuni de deliberar sobre a suspensão do calendário e anualidade das atividades acadêmicas”, explicou, ao G1, o professor e segundo vice-presidente da Associação dos Docentes da Ufam (Adua), Aldair Andrade.

'Liminar atingiu brutalmente nossa autonomia', disse professora (Foto: Luis Henrique Oliveira/G1 AM)

‘Liminar atingiu brutalmente nossa autonomia’,
disse professora
(Foto: Luis Henrique Oliveira/G1 AM)

O professor do departamento de Biologia e membro do CLUG, Welton Oda, disse que a reitora assumiu compromisso de tentar derrubar a liminar.

“Estamos querendo saber se já houve essa ação, o que provavelmente não aconteceu. [A reitora] é defensora maior da autonomia universitária e deveria se portar dessa forma”, comentou.

A professora Patrícia Sampaio, do departamento de História, destacou que a classe precisa mostrar indignação com o ocorrido na sexta-feira. “[O documento] acabou atingindo brutalmente a nossa autonomia por meio da restrição do direito ao voto do nosso conselho universitário”, lamentou.

O G1 tentou contato com a Universidade, por meio da assessoria de comunicação, que deve se pronunciar por meio de nota.

Greve
Professores da unidade estão em greve desde o dia 15 de junho. Entre as principais reivindicações, estão a ampliação de vagas em concursos públicos para docentes e técnicos, melhores condições de ensino e trabalho, garantia da autonomia universitária, reestruturação da carreira docente, além de valorização salarial, restaurante com qualidade, mais verba para assistência e aperfeiçoamento de carreira.

Na sexta-feira (3), uma liminar da Justiça Federal determinou que a o calendário acadêmico da Universidade Federal do Amazonas seja mantido durante a greve dos servidores. A decisão da 3ª Vara Federal pede que a reitoria abstenha-se de suspender o calendário acadêmico. O documento foi divulgado durante reunião extraordinária, além de ser disponibilizado no site da instituição.

A Procuradoria da República no Amazonas já havia recomendado que a Ufam e o Conselho Universitário (CONSUNI) garantam a regularidade das atividades acadêmicas durante a greve docente da Instituição.