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Alunos não têm acesso a laboratórios porque estrada para prédios é precária.
Prefeitura diz que pretende resolver o problema, mas não possui recursos.

Equipamentos de ponta que custaram R$ 10 milhões estão sem uso na unidade de São Carlos (SP) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP). As máquinas deveriam ser utilizadas por 800 alunos de quatro cursos, mas estão paradas porque a estrada que dá acesso aos laboratórios está em situação precária. Procurada, a Prefeitura informou que pretende resolver o problema, porém, no momento, não possui recursos.

Localizadas em uma área cedida pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), as instalações do instituto são cercadas por uma estrada municipal que tem apenas um trecho asfaltado e não conta com iluminação. “A gente não tem acesso e a gente não pode usufruir de tanta tecnologia que a gente tem à nossa disposição”, comentou o estudante Gustavo Teixeira.

Para a instituição, como a maioria das aulas é ministrada à noite, o acesso precário coloca em risco a comunidade acadêmica. “É questão de segurança dos meus alunos e dos meus funcionários também. Eu não posso deixar que eles venham para cá nessas condições”, disse a diretora do IFSP, Vânia Tedeschi.

Diante do problema, a administração do Instituto Federal pediu várias vezes para a Prefeitura asfaltar e iluminar o trecho, mas nada mudou. “Eles nos atendem, falam que vão ver, mas na prática não teve nenhum retorno, nenhuma ação concreta”, contou o professor Rivelli da Silva.

Aviões e equipamentos de laboratórios do IFSP São Carlos estão parados (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)

Aviões e equipamentos de laboratórios do IFSP São
Carlos estão parados (Foto: Marlon Tavoni/EPTV)

Sem as alterações, os alunos não podem assistir às aulas nos novos prédios. Os 17 laboratórios estão repletos de equipamentos, mas vazios de estudantes. No hangar, vários aviões também estão encostados e a única opção é frequentar as aulas em salas oferecidas pela UFSCar.

“A gente tem todos os materiais para fazer as aulas práticas e não pode usar”, disse um estudante. “Pode deteriorar os equipamentos pelo fato de ficarem tanto tempo parados”, completou outro aluno.

“Eles teriam, com certeza, uma formação melhor e seriam bem mais preparados para o mercado se tivessem o acesso regularmente, conforme o planejado nas aulas”, afirmou Ricardo Arai, coordenador de um dos cursos da instituição.