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Estudo, que será apresentado em Fórum Mundial de Educação, feito após análise detalhada de desempenho em testes, coloca país em 66º lugar em ranking de 76 países.

Da BBC

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Pela primeira vez, avaliação global da OCDE inclui número significativo de países em desenvolvimento na comparação (Foto: BBC)

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgará nos próximos dias um dos mais completos rankings globais de qualidade de educação.

Nele, o Brasil aparece apenas em 66º lugar entre 76 países estudados. No entanto, a organização vê um grande potencial de crescimento econômico no país se este proporcionar educação básica universal para todos os adolescentes de 15 anos.
Em outras palavras, a OCDE estima que um cenário em que todos os adolescentes de 15 anos estejam estudando e alcançando um nível básico de educação pode ajudar o PIB do país a crescer mais de sete vezes nas próximas décadas.
A análise se baseia na pontuação de alunos de 15 anos em testes de matemática e ciências. E configura o mapa mais completo dos padrões de educação em todo o mundo.
Países asiáticos dominaram as primeiras posições do ranking: no topo da lista está Cingapura, seguida por Hong Kong, Coreia do Sul, Japão e Taiwan.
Os resultados do relatório, parcialmente obtidos pela BBC, serão apresentados no Fórum Mundial de Educação, na Coreia do Sul, na semana que vem.

Educação e crescimento
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A OCDE argumenta que melhorar o padrão da educação impulsionará o crescimento econômico dos países. E afirma que o baixo nível da educação em um país pode resultar num “estado permanente de recessão”.

“É a primeira vez que podemos ver a qualidade da educação numa escala verdadeiramente global”, diz o diretor da OCDE para assuntos educacionais, Andreas Schleicher.

“A ideia é dar aos países, ricos ou pobres, a oportunidade de comparar seu desempenho educacional para descobrir pontos fortes e fracos e ao mesmo tempo ver o benefícios a longo prazo de melhoras na qualidade do ensino.”

Schleicher cita como exemplo justamente Cingapura, que nos anos 60 tinha altos índices de analfabetismo.

A referência internacional mais usada para avaliar a educação é justamente o teste Pisa, elaborado também pela OCDE, que até agora focava principalmente nos países industrializados mais ricos.

No entanto, os novos resultados fazem uma análise mais ampla e contemplam uma variedade maior de países – o total de um terço das nações do mundo –, incluindo Irã, África do Sul, Peru, Tailândia e outros.

Os Estados Unidos tiveram um desempenho ruim e aparecem na 28ª posição, atrás, ironicamente, do Vietnã. Mas a OCDE mostrou preocupação especial com o que classifica como declínio da Suécia. Na semana passada, o órgão publicou críticas ao sistema educacional sueco depois de registrar uma queda nos resultados do Pisa entre 2000 e 2012.

Pediu especificamente uma revisão do esquema instituído nos anos 90 que “privatizou” parte da rede pública de ensino.

A conferência na Coreia do Sul está sendo organizada pela ONU, e vai marcar os 15 anos do estabelecimentos da Metas do Milênio para a educação. A mais importante delas, a provisão universal de educação primárias para crianças, ainda não foi atingida.

No Fórum Mundial da Educação, novas metas globais serão estabelecidas para os próximos 15 anos.