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Índice representa mais de 17% dos aprovados no Vestibular de Verão.
Produção de texto não reprova candidatos há 10 anos na universidade.

Dos 740 aprovados no Vestibular de Verão da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), na região dos Campos Gerais do Paraná, 129 tiraram zero na prova de redação. O índice representa mais de 17% dos novos calouros da universidade. A maioria dos candidatos que zerou na produção de texto passou nos cursos de ciências contábeis e até mesmo em letras.

Na UEPG, a produção de texto não reprova há 10 anos. As provas que mais pesam são as de conhecimentos gerais e as de conhecimentos específicos. Se o candidato tirar a pontuação mínima, ele passa para a próxima etapa e tem a redação corrigida. Entretanto, a produção de texto serve como uma somatória e não elimina ninguém do vestibular, mesmo que o candidato tire zero.

Despreparados
Nos vestibulares anteriores, as provas de redação eram sempre literárias. Na última edição do concurso, houve uma mudança de gênero e, pelo alto índice de reprovação, nem todos os candidatos estavam bem preparados para temas atuais.

“Eu esperava uma coisa mais culta, mais literária. O tema era mais atual quando eu fiz o último Vestibular de Inverno. O candidato precisa estar antenado e assistir bastante jornal”, explica a caloura Adranna Gorski.

Opiniões divididas
Em outras universidades do estado, como a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Maringá (UEM), os candidatos que zeram na redação são eliminados.

O professor e escritor Miguel Sanches Neto defende que a UEPG deveria seguir a prática para valorizar alunos que leem e escrevem melhor.

“Estamos privilegiando um tipo de aluno que não sabe ler bem e escrever, um aluno que não é crítico, nem criativo. Porque as pessoas críticas e criativas se manifestam, escrevem, têm uma visão mais ampla da sociedade e da universidade”, acredita.

A pontuação do calouro de medicina Jônatas Pedro Ribeiro Batista no vestibular da UEPG fez com que ele ficasse em primeiro lugar geral no concurso. A nota dele na redação foi de 558 pontos, quase a nota máxima. Ele espera que a universidade tenha mais consideração com quem se dedica à produção de texto. “A redação é importante porque mostra o caráter e a maneira que o candidato pensa”, diz.

Já a comunidade acadêmica, que aprovou a medida há 10 anos, se opõe. “O processo cumulativo tem tido um resultado satisfatório nos últimos anos”, acredita o pró-reitor Miguel Archanjo Freitas.

Nota zero no Enem
Entre os alunos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2014, 529.374 obtiveram nota zero na redação da prova (8,5% dos candidatos). Deste número, foram anuladas 248.471 redações.

Segundo o ministro da Educação, Cid Gomes, o tema da redação deste ano (publicidade infantil) não foi tão debatido pela mídia e pela sociedade brasileira quanto o tema de 2013 (lei seca).

“Eu arriscaria uma tese: o tema de 2013 foi a lei seca. Essa questão foi muito debatida, muito discutida. O tema agora, publicidade infantil, não é um tema que houve um processo de discussão tão grande”, analisou. Questionado sobre se considera o tema deste ano mais difícil, Gomes respondeu: “Eu não diria difícil, é relativo”.