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Olivet Nyankuru, de 28 anos, recebeu o diploma universitário das mãos do presidente Armando Guebuza; Agência da ONU para Refugiados, Acnur, ajudou o jovem a completar os estudos e a tornar-se médico.

Leda Letra, da Rádio ONU em Nova Iorque. 

Aos 28 anos, Olivet Nyankuru, do Burundi, foi anunciado como um dos melhores alunos de licenciatura Universidade de Lúrio, em Moçambique. A viver como refugiado no país, o jovem recebeu o seu diploma das mãos do presidente Armando Guebuza.

Nyankuru contou a sua história à Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e afirmou ter ficado “muito emocionado” ao receber o reconhecimento da Universidade.

Guerra

O jovem nunca conheceu o seu pai. A sua mãe foi morta durante a guerra civil no Burundi e ele foi viver com os tios, que já tinham cinco filhos. A família decidiu então fazer uma longa viagem até chegar ao norte de Moçambique.

Foi em 1997, que Nyankuru tornou-se oficialmente um refugiado burundês a viver em Moçambique. Ao Acnur, ele contou que aprendeu português e passou a frequentar uma escola pública.

Ao entrar na faculdade de medicina, o jovem teve problemas para pagar as propinas. Até que soube de um programa de bolsas de estudo para refugiados, promovido pelo Acnur em Moçambique.

Médico

Nyankuru diz que ficou muito aliviado ao ser aceite e passou a estudar de forma intensiva até graduar-se como médico recentemente. O refugiado está a trabalhar num hospital público da província de Zambézia e elogiou os moçambicanos pela “hospitalidade”.

Segundo o Acnur, atualmente 16,5 mil refugiados estão a viver em território moçambicano. A maioria saiu das regiões dos Grandes Lagos e do Corno de África.