A Universidade de Brasília vai encerrar o ano com um déficit de R$ 60 milhões. De acordo com a instituição, a transformação de recursos de investimento em recursos de custeio e o uso de verba do ano anterior não foram suficientes para compensar o rombo. O anúncio foi feito pelo decano de Planejamento e Orçamento, César Augusto Tibúrcio, na última reunião do ano do Conselho de Administração.
De acordo com o gestor, ainda restam cerca de R$ 500 mil em caixa. A ideia é não comprometer os pagamentos de trabalhadores terceirizados e prestadores de serviço. Por isso, as contas de despesas como água e luz serão pagas com atraso. Tibúrcio disse que, ao contrário dos últimos anos, o Ministério da Educação não pôde fazer repasses extras à UnB.
A instituição tem projeção orçamentária de R$ 1,6 bilhão para 2015. A maior parte desse volume – cerca de R$ 1,13 bilhão – é destinada ao pagamento de professores e técnico-administrativos ativos e aposentados, o chamado recurso carimbado. A verba destinada ao custeio é de aproximadamente R$ 485 milhões, com previsão de R$ 79 milhões para investimentos.
Segundo o decano, a situação orçamentária da UnB tende a ser menos apertada no próximo ano. A regularização da mão de obra é apontada como uma das principais medidas para diminuir o custeio da instituição. “Deixaremos de ter de pagar cerca de R$ 40 milhões com a substituição de prestadores de serviço por servidores do quadro”, diz.
Sobre a universidade
Inaugurada em 21 de abril de 1962, a UnB possui atualmente quatro campi, com 138 habilitações distribuídas em 109 cursos. Atualmente, é a terceira instituição que mais envia estudantes para o programa Ciência Sem Fronteiras – são mais de 2,6 mil alunos. Além disso, ocupa o 17º lugar entre as universidades da América Latina, de acordo com o ranking da consultoria britânica Quacquerelli Sumond.
De acordo com a UnB, em breve deve ser anunciado um convênio com o Fundo de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, destinando cerca de R$ 4 milhões para bolsas de mestrado, doutorado e iniciação científica. O programa de iniciação científica é um dos carros-chefes da universidade, que é a quarta instituição de ensino superior do país com maior número de estudantes participantes do Jovens Talentos.
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