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Cerca de 60 pessoas participaram de uma manifestação, na tarde desta sexta-feira (16), na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para protestar contra casos de assédio moral e sexual na instituição e pedir rigor na apuração de fatos dessa natureza. O ato foi proposto depois de uma postagem de uma aluna no Facebook denunciar supostos assédios.

Com cartazes com dizeres como “Não nos calarão” e cantos como “Ô, professor, preste atenção, as estudantes não aceitam opressão”, alunos e representantes de coletivos feministas marcharam do prédio da reitoria até a ouvidoria da instituição, onde protocolaram a denúncia publicada na rede social. Até então, a universidade não havia recebido nenhuma denúncia formal sobre o caso. A Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) também não registrou nenhum boletim de ocorrência.

Na sequência, os manifestantes voltaram para a reitoria para solicitar a criação de uma secretaria contra o assédio aos estudantes, uma secretaria de apoio à mulher e o suporte à aluna que se manifestou na internet.

“Ela teve muita coragem de se expor. A palavra da mulher é deslegitimada na sociedade e ela mostrou que, apesar de ser o lado mais fraco da corda, a gente pode denunciar”, comentou Amanda dos Santos Carneiro, uma das diretoras da associação que promoveu o ato.

Segundo Amanda, os discentes querem que as denúncias sejam investigadas e que as vítimas não sejam ameaçadas ou tratadas como opressoras. “Muitos não registram na ouvidoria por medo”, disse. Para ela, caso os assédios sejam comprovados, os professores envolvidos devem ser punidos.

Para Leonardo Reis, também diretor da associação, o relato postado no Facebook foi emblemático. “É um caso simbólico e de alcance nacional porque o assédio é comum”. O grupo acredita que, com a repercussão do caso, mais mulheres terão coragem de denunciar.

Universidade
O chefe do departamento ao qual a estudante está vinculada afirmou que apoia a sindicância para a investigação da denúncia e criticou o linchamento virtual sem apuração que vem sendo feito por alguns internautas contra o professor, a UFSCar e a própria estudante.

Em nota, a universidade afirmou que vai instaurar um procedimento interno de averiguação e que “a instituição não tolera assédio, discriminação ou violência de qualquer tipo e, ao mesmo tempo, não compactua com condenações públicas de quaisquer pessoas sem a devida averiguação dos fatos e garantia do direito de ampla defesa previsto na Constituição Federal”.