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O delegado Jeferson Botelho, superintendente de Investigação e Polícia Judiciária de Minas Gerais, afirmou ao UOL que existem provas materiais de fraude contra o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2014 praticada pelo grupo preso no domingo (23) durante a realização do vestibular da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, em Belo Horizonte

“Nós temos provas de materialidade e de autoria que produzimos ao curso das investigações. São gabaritos, são provas, além dos indícios de autoria que a polícia tem”, relatou Botelho. O grupo vinha sendo investigado há sete meses. 

Segundo o delegado, os documentos foram localizados nesta segunda-feira (24), na cidade de Teófilo Otoni (468 km de Belo Horizonte), onde mora o acusado de ser um dos líderes da quadrilha. Além dos documentos, foram apreendidos dinheiro e carros de luxo. 

O policial informou ainda que, em razão de os suspeitos agirem há mais de 20 anos, existe a possibilidade de exames de anos anteriores também terem sido alvo da quadrilha. Ao todo, 11 pessoas ligadas ao grupo foram presas e 22 candidatos que contrataram os serviços da quadrilha foram detidos, mas liberados após pagarem fiança. De acordo com a polícia, os interessados nas vagas nos cursos de medicina pagavam valores entre R$ 70 mil e R$ 200 mil.

Segundo o policial, por se tratar de um crime contra um exame federal, o caso será repassado à PF (Polícia Federal) assim que a Polícia Civil de Minas Gerais concluir as investigações. A operação, denominada Hemostase II, foi feita também no Guarujá (SP).  Em nota divulgada ontem, a polícia mineira informou que a fraude pode ter ocorrido em cinco Estados.

Como agiam

Conforme a polícia, o grupo se valia de “pilotos”, pessoas que faziam rapidamente boa parte das provas e, em seguida, repassavam as respostas por meio de sofisticado sistema eletrônico (micropontos) aos candidatos que tinham pagado pelo serviço.

Em nota, o Inep disse que a segurança do Enem é feita pela Polícia Federal antes, durante e após a aplicação dos testes. “Nesta edição, o Inep eliminou 1.519 participantes por tentativa de fraudes, além das prisões realizadas pela PF“, afirma.

Sobre o caso investigado em Minas Gerais, o Inep informou que “não recebeu da Polícia Federal, até o momento, qualquer informação ou suposta relação dele com Enem”.

Vestibular não será cancelado

A Faculdade de Medicina de Minas Gerais informou por meio de nota que o vestibular realizado no último fim de semana não será cancelado. Segundo a direção da instituição de ensino, em razão da prisão dos envolvidos, “não houve qualquer prejuízo para o processo seletivo de 2015, não havendo, portanto, motivos para o seu cancelamento”.

Os responsáveis pela faculdade relataram que tinham sido previamente informados da investigação em curso e colaboraram com as investigações da polícia. A direção disse ter permitido a infiltração de policiais nos locais de prova, produzindo “satisfatória identificação e detenção dos envolvidos na tentativa de fraude”.

Segundo a faculdade, os candidatos identificados pela polícia como participantes do esquema fraudulento serão excluídos do processo seletivo.