Um aluno de medicina da Unesp de Botucatu (SP) foi expulso da universidade após ser denunciado por trote violento. A decisão foi publicada no início de outubro, no Diário Oficial do Estado. O fato teria ocorrido no começo ano, período em que os calouros ingressam na universidade após aprovação no vestibular.
Depois do episódio, a faculdade de medicina instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos e, segundo a assessoria, o aluno teve o direito de defesa, mas diante das provas ele recebeu a pena disciplinar de desligamento.
De acordo com a vice-reitora da Unesp, Marilza Rudge, o trote teria sido praticado contra uma aluna, mas ela nega que tenha sido caso de estupro e a vítima teve o nome preservado.
“Nós temos adotado dentro da Unesp um exercício muito grande de prevenção ao trote violento e também ao estupro, de modo que os alunos são orientados para que isso não aconteça e quando a gente tem uma denúncia, nós imediatamente instauramos sindicância para apurar o fato e se apurado alguma coisa nesse processo, as medidas são muito rígidas chegando até a expulsão do aluno”, explica a reitora.
De acordo ainda com a assessoria de imprensa da universidade, o estudante frequentava o terceiro ano da faculdade de medicina, mas ainda cursava algumas disciplinas do primeiro ano. Ele ainda poderá recorrer da decisão em duas instâncias – judicialmente e junto à Unesp. O aluno não foi localizado para falar sobre a decisão da universidade.
A assessoria da universidade informou que além do caso do aluno desligado da instituição por ter praticado trote violento, há na faculdade de medicina outro processo de sindicância em andamento, tambem em relação a trote violento. Além disso, a comissão central de sindicância, que recebe denúncias de todas as unidades da Unesp em Botucatu, apura outros seis casos de trote violento.
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