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Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil não tem nenhuma universidade entre as 200 melhores do mundo no ranking internacional Times Higher Education (THE), divulgado nesta quarta-feira (1º) em Londres. Considerado um dos mais respeitáveis rankings de avaliação de produção acadêmica, o ranking mostra em sua nova edição (2014-2015) uma leve melhora da Universidade de São Paulo, que subiu da faixa dos 226º a 250º lugares, obtida no ano passado, para a faixa de 201º a 225º lugares. A outra universidade brasileira que aparece no ranking é a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que repete a colocação do ano anterior (301º a 350º lugares). A lista tem no total 400 universidades.

A melhor universidade do mundo, pelo quarto ano consecutivo, é o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), dos Estados Unidos. Em segundo lugar está a Universidade Harvard (EUA), seguido por Oxford (Reino Unido), Stanford (EUA), Cambridge (Reino Unido), MIT (EUA), Princeton (EUA), Universidade da Califórnia Berkeley (EUA), Imperial College London (Reino Unido) e Yale (EUA).

O ranking avalia o desempenho dos estudantes e a produção acadêmica nas áreas de engenharia e tecnologia, artes e humanidades, ciências da vida, saúde, física e ciências sociais. Considera ainda pesquisa, transferência de conhecimento e perspectiva internacional, além do ambiente de ensino. Desde o ano passado, metodologia para o novo ranking está a colocação de artes, humanidades e ciências sociais em igualdade às outras ciências.

É preocupante ver que um país do tamanho do Brasil, com grande potencial econômico, não tenha muito mais universidades na elite global.”
Phil Baty, editor da THE

USP figurava em 178º em 2011, subiu para 158º em 2012, e depois caiu para 226º/250º e agora subiu para 201º/225º. A Unicamp aparecia em 276º/300º em 2011, subiu para 251º/275º em 2012, e desde 2013 figura em 301º/350º.

A divulgação do ranking vem em um momento em que as principais universidades públicas do país passam por grandes dificulfades de orçamento. USP, Unicamp e Unesp, as três universidades estaduais de São Paulo, tiveram greve de quase quatro meses de professores e funcionários por causa de limitações salariais. A USP alegou que a folha de pagamento representa 105% do orçamento da instituição.

O ranking também tem subdivisões por áreas. Nas áreas de saúde e de ciências da vida, a USP aparece entre as 100 melhores universidades do mundo, nos 78º e 92º lugares, respectivamente. As outras áreas são engenharia, física, artes e humanidades e ciências sociais.

“É bom ver a USP fazendo algum progresso na tabela”, avalia Phil Baty, editor da revista da THE. “Mas é preocupante ver que um país do tamanho do Brasil, com grande potencial econômico, não tenha muito mais universidades na elite global.” Baty indica que movimentos para ampliar o uso do inglês nas universidades brasileiras, tanto nas aulas quanto nas pesquisas, pode ajudar a melhorar o desempenho das instituições do país.

O especialista indica ainda que o programa Ciência sem Fronteiras, que leva estudantes para intercâmbio de graduação e pós-graduação em outros países, é impressionante, “mas há um receio de que o Brasil esteja deixando passar muitas oportunidades, enquanto outros países em desenvolvimento estão fazendo progressos notáveis”.

Posição da USP
O vice-reitor da USP, Vahan Agopyan, diz que considera a variação das posições ocupadas pela universidades nos mais variados rankings internacionais como “natural”. “A USP respeita tais classificações, mas não molda suas atividades a elas, mas sim às necessidades sociais”, afirma Agopyan.

A USP respeita tais classificações, mas não molda suas atividades a elas, mas sim às necessidades sociais”
Vahan Agopyan, vice-reitor da USP

“Nossa pesquisa é reconhecida internacionalmente, o que pode ser expresso, por exemplo, na colocação alcançada na mais recente edição do ranking da Scimago [divulgado em setembro], em que a USP está entre as dez instituições mundiais que mais produzem trabalhos científicos de qualidade e relevância.”

Os Estados Unidos dominam o ranking com 74 universidades entre as 200 melhores. Em seguida estão Reino Unido (29), Alemanha (12), Holanda (11), Canadá e Austrália (8). Entre estes países emergentes, o que mais se destaca é a Turquia, que aumentou de um para quatro instituições entre as 200 melhores. Coreia do Sul e Hong Kong também têm quatro universidades no ‘top 200’, a China tem três, Cingapura duas, Taiwan, Rússia, África do Sul e Israel uma.

O ranking THE é uma avaliação feita com mestres e doutores de diversos países sobre a reputação de cada universidade. A instituição britânica tem ainda um ranking geral de universidades que avalia 13 itens, e tem como principais concorrentes o ranking chinês ARWU (Ranking Acadêmico de Universidades Mundiais), feito pela Universidade de Comunicações de Xangai (Jiaotong) e o QS World University Rankings, produzido pela consultoria Quacquarelli Symonds. Existe ainda o ranking Webometrics, que mede a influência da instituição com sua produção na internet.

Entre as universidades brasileiras, a Universidade de São Paulo (USP) é a mais bem colocada em cada um dos rankings.

Conheça os principais rankings internacionais de universidades

Times Higher Education – O ranking geral da instituição britânica analisa 13 quesitos, agrupados em 5 áreas: ensino (representa 30% da nota), pesquisa (30%), citações (30%), presença internacional (7,5%) e inovação (2,5%). A THE também publica um ranking de reputação acadêmica feita a partir de questionários respondidos por mestres e doutores de diversas universidades do mundo. 

ARWU Jiaotong – Produzido pela Universidade de Comunicações de Xangai (Jiaotong), usa critérios que levam em conta essencialmente os resultados de pesquisa em detrimento da formação: o número de prêmios Nobel, de medalhas Fields (o equivalente ao Nobel de matemática) e de artigos publicados exclusivamente em revistas anglosaxãs como “Nature” ou “Science”. 

QS World University Rankings – Organizado pela QS Quacquarelli Symonds, organização internacional de pesquisa educacional que avalia o desempenho de instituições de ensino médio, superior e pós-graduação.Também divulga um ranking específico para a América Latina.

Webometrics Ranking of World Universities – Considera os conteúdos disponibilizados na internet, especialmente aqueles relacionados a processos de geração e comunicação acadêmica de conhecimento científico. O ranking é publicado semestralmente pelo Cybermetrics Lab, que pertence ao Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha. De acordo com o laboratório de métricas, a lista foi criada para incentivar as instituições a publicarem os resultados de suas pesquisas na internet. São quatro os critérios usados para calcular a presença de uma universidade na web, segundo o ranking: o número de páginas do site encontradas no Google, o número de links externos direcionados ao site da instituição, o volume de arquivos de pesquisa (arquivos em PDF, Word, PowerPoint etc.) encontrados no Google e a quantidade de itens publicados no Google Scholar, que reúne artigos, dissertações e teses. 

Scimago Institutions Rankings – Avalia universidades de todo o mundo de acordo com as pesquisas realizadas pelas instituições. Leva em conta atividades com produção científica notável, incluindo universidades, órgãos governamentais, laboratórios de pesquisa, hospitais e muito mais. 

Leiden Ranking – Mede o desempenho científico de 500 grandes universidades em todo o mundo usando indicadores bibliométricos e tem como objetivo fornecer medições altamente precisas do impacto científico das universidades e de envolvimento das universidades em colaboração científica. O ranking é produzido pelo Centro de Ciências e Estudos Tecnológicos (CWTS) da Universidade de Leiden, na Alemanha. 

Business Week (MBA) – Promovido pela publicação “Business Week”, avalia o desempenho das principais escolas de negócios do mundo, com enfoque nos cursos de MBA. 

Financial Times (MBA) – Entres os critérios avaliados pelo jornal “Financial Times” estão a posição profissional dos ex-alunos e o acréscimo salário conquistado após a conclusão do curso de MBA e pós-graduação.