Movimento impede que professores deem aulas após quatro meses de greve.
Segundo assessoria de imprensa, aulas podem voltar ao normal na quarta.
O ‘cadeiraço’ promovido por um grupo de alunos da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Franca (SP) e que impede as aulas no campus completou uma semana nesta segunda-feira (29). Cavaletes e cadeiras são mantidos em frente às portas das salas de aula desde o dia 22, quando os docentes voltariam a trabalhar, após quase quatro meses de greve.
Segundo a assessoria de imprensa da Unesp, a direção aguarda a conclusão de reuniões com os centros acadêmicos para que a situação se restabeleça, o que deve ocorrer até quarta-feira (1º). A universidade informou que três assembleias já foram realizadas com conselhos de curso e uma última deve ser realizada até a manhã de terça (30).
Congregação
A intenção das assembleias, segundo a assessoria de imprensa, é antecipar a realização da reunião de congregação dos cursos para discutir a reivindicações dos alunos, o que pode ocorrer ainda na quarta à tarde. Normalmente essa reunião normalmente ocorre no mês de novembro.
A justificativa da paralisação, segundo os estudantes, é de que as reivindicações feitas por eles durante a greve não foram discutidas. Entre as reivindicações dos alunos estão a ampliação do auxílio estudantil, além da reconsideração de sindicâncias abertas contra estudantes da Unesp, que respondem, segundo eles, processo por participação em manifestações.
O movimento gerou críticas por parte dos docentes, contrários à paralisação. Em entrevista aoG1, o professor Jean Marcel Carvalho França, livre-docente do departamento de História da universidade, afirmou que os únicos prejudicados com a paralisação são os próprios alunos.
Retorno às aulas
Os professores da Unesp de Franca retornariam às aulas na semana passada, após quatro meses de greve. Os docentes, entretanto, foram impedidos de dar aulas devido a uma manifestação de estudantes, que decidiram manter a paralisação das atividades na universidade.
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