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Novo curso é semipresencial e usa metodologias de aprendizagem baseada em problemas, projetos e design thinking

Em agosto desse ano, 1.300 alunos ingressaram na nova graduação de engenharia da Univesp(Universidade Virtual do Estado de São Paulo), que tem como proposta criar novos e inovadores cursos de educação a distância (EAD). Para isso, a instituição que conta com a colaboração de docentes das três maiores universidades públicas do estado (Unesp, Unicamp e USP), usa a metodologia de aprendizagem baseada em problemas (ou PBL, do inglês problem based learning), do ensino baseado em projetos e de design thinking para formar seus alunos. Este é o tema abordado nesta reportagem integrante da série “O futuro do ensino da engenharia”, publicada pelo Porvir em parceria com a Escola Politécnica da USP.

Na prática, a universidade se embasa em três eixos. O primeiro engloba o conteúdo que precisa ser transmitido aos alunos – entram aqui videoaulas, exercícios e textos complementares. O segundo tem como foco o trabalho colaborativo e cooperativo, no qual os alunos são colocados para trabalhar em grupos e estimulados a aprender entre pares (peer instruction). E o terceiro pilar é a parte de projetos e resolução de problemas.

Os novatos da engenharia, durante os dois primeiros anos, terão acesso a disciplinas comuns, no chamado de ciclo básico de formação. Finalizada essa etapa, receberão certificação de nível superior em curso sequencial de formação específica na área de engenharia. E, somente depois, aplicarão para uma das duas opções de graduação: engenharia de produto ou de computação.

Durante o ciclo básico, serão ministradas quatro disciplinas por bimestre. Todo o conteúdo será dado virtualmente, através de videoaulas gravadas por renomados professores da Unesp, Unicamp e USP, textos complementares e exercícios. Essa parte do curso é realizada individualmente. Paralelamente, os alunos são divididos em grupos de seis integrantes para desenvolver projetos em cima de uma questão pré-estabelecida, onde terão que articular essas quatro disciplinas para criar respostas ou protótipos.

Tomando como exemplo o primeiro bimestre, os futuros engenheiros têm aulas de introdução a engenharia, matemática, informática e leitura e produção de texto. O tema dos projetos deste período é: Matriz energética do estado de São Paulo – desafios e possibilidades.

“É um projeto integrador que vai reunir as quatro disciplinas. O tema escolhido é uma questão debatida na introdução a engenharia. Para desenvolver o projeto vão ter que utilizar ferramentas que estão aprendendo em informática, com os conceitos da matemática, e no final do bimestre terão que produzir um relatório escrito”, explica o professor Ulisses Araújo, assessor pedagógico da universidade.

Segundo ele, mesmo os projetos tendo um mesmo tema norteador, é esperado que uma gama de desdobramentos apareçam. “Um grupo pode ir para a questão da energia eólica, outro pra hidrelétrica, outro pra questão de consumo. A partir do assunto proposto, eles têm liberdade para escolher o tema específico para o qual vão buscar uma solução. Isso pode e deve variar de acordo com a cidade de origem dos alunos e do contexto local”.

“Estamos rompendo com a visão dos cursos de EAD que utilizam o ambiente virtual como reprodução do presencial, como repositório de conhecimento”

Mesmo que tenha forte carga de aulas virtuais, o curso é considerado semipresencial porque a cada duas semanas acontecem encontros presenciais. Esse tempo é voltado para a interação entre os pares, para que e os estudantes tirem dúvidas e debatam conteúdos com seus colegas e também para que monitores acompanhem o desenvolvimento e andamento dos projetos.

Plataforma virtual

Mas grande parte desse acompanhamento e dos debates são fomentados para acontecer virtualmente. O curso possui uma plataforma de interação on-line, inspirada no Second Life (um ambiente virtual e tridimensional de simulação da vida real). Nela, cada aluno possui o seu avatar e cada grupo, a sua sala, seu espaço para tocar os projetos.

O ambiente é multimídia, os estudantes e mentores podem trocar documentos, vídeos, aplicativos e qualquer outra ferramenta que ficarão armazenados na nuvem. Também é possível gravar os encontros nessa plataforma, para registro ou para se algum integrante não puder participar ter como recapitular as discussões.

“Estamos rompendo com a visão dos cursos de EAD que utilizam o ambiente virtual como reprodução do presencial, como repositório de conhecimento”, afirma Araújo. Segundo ele, é importante entender que o conhecimento não está mais centrado nos professores para, assim, dar mais espaço para novos ambientes de aprendizagem que estimulem a colaboração e a cooperação. “É a co-criação que vai gerar inovações”.