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Universidade Minerva tem modelo inovador que aboliu as aulas tradicionais.
Guilherme Nazareth, de 19 anos, trocou a UFRGS pela iniciativa americana.

iro a integrar a turma inaugural da instituição, que é reconhecida como uma universidade pelo governo americano, mas pretende ser completamente diferente de outras instituições do país e do mundo: tanto as aulas quanto as salas de aula foram abolidas pelos professores que desenharam o curso, a maioria com décadas de experiência nas mais conceituadas universidades americanas. Além disso, o campus é composto apenas dos dormitórios dos estudantes e a cada semestre eles mudarão de país para estudar dentro de realidades distintas.

“A Minerva só oferece seminários [formato de aula participativa, baseado mais na interação dos alunos do que na explicação do professor], e as salas têm até 19 alunos”, explica o jovem. “Os alunos são obrigados a trabalhar antes, a estudar antes e ir para o seminário com o conhecimento.”

O verbo “ir” é usado pelo brasileiro apenas por força do hábito, já que as atividades letivas acontecem nos quartos de cada estudante, e todos interagem com a “classe” pelo computador, conectados com a webcam e microfones. Para garantir que todos os alunos estejam acompanhando o curso, os professores optam por estimular a participação de todos no seminário e aplicar provas de surpresa. “Na Minerva você não só tem provas ao final do semestre, mas os alunos podem ser testados a cada momento, e o professor pode programar uma questão na própria aula.”

Os alunos podem definir seu currículo dentro de cinco grandes áreas: ciências da computação, ciências sociais, artes e humanidades, ciências naturais e negócios. No primeiro ano, porém, todos os estudantes passarão por um ciclo básico destinado a ensinar os jovens a pensar de forma crítica, a se expressar e a desenvolver técnicas de liderança.

Como aluno da turma inaugural, Guilherme terá bolsa integral da anuidade do curso (de US$ 10 mil, cerca de R$ 22 mil), além de não precisar pagar pelo dormitório (com custo de US$ 12 mil, ou cerca de R$ 28 mil) nem no primeiro ano nem no segundo, caso decida estagiar em São Francisco. Os gastos com comida são estimados em US$ 6 mil dólares (cerca de R$ 13 mil). Mesmo sem saber se conseguiria bolsa, Guilherme explica que o valor da Minerva também foi um atrativo. “As melhores universidades dos Estados Unidos têm cursos que podem chegar a 60 mil dólares”, disse ele.

Selecionado dentro do próprio quarto
Até o processo seletivo, que tradicionalmente é padronizado nos Estados Unidos, tem inovações. Guilherme passou por todas as etapas dentro do próprio quarto. “Ele é completamente diferente, foi criado para ser acessível aos [candidatos] internacionais, não pede SAT [Scholastic Assessment Test, ou Teste de Avaliação Escolar]. O compromisso da Minerva é aplicar teste de QI nos seus candidatos para que ele mostre o resultado cognitivo”, explicou o jovem.

Os testes de lógica, matemática e inglês são feitos pelos candidatos no seu próprio computador, com a webcam conectada aos selecionadores, que observam o comportamento e o raciocínio dos estudantes. A exigência de uma papelada de documentos também é menor: além do histórico escolar, eles pedem comprovações de atividades extra-curriculares, como participação em trabalho voluntário ou olimpíadas do conhecimento, e avaliam o perfil de liderança e empreendedorismo dos potenciais alunos.

A última etapa, segundo ele, é a mais difícil: uma entrevista via webcam com os selecionadores, onde, além de responder às perguntas, os candidatos precisam escrever uma redação em um site de compartilhamento de arquivos onde os professores acompanham seu processo criativo.

Ao contrário de muitos estudantes brasileiros interessados em estudar nos Estados Unidos, Guilherme não faz o perfil típico de exatas nem participou de olimpíadas. A matemática que o atrai é a aplicada à economia, curso que ele decidiu seguir ao concluir o ensino médio no Colégio Anchieta, em Porto Alegre, e ingressar na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Logo no início, porém, ele diz ter se desencantado com o curso. “Eu estava acostumado com a ideia de fazer a faculdade na federal. Entrei em março do ano passado [2013] e me senti bem pouco exigido, então decidi logo no primeiro mês que iria aplicar para universidades no exterior”, contou ele.

Formação multinacional
As primeiras tentativas de conseguir uma vaga de graduação fora do país não deram certo, segundo Guilherme, porque o jovem manteve a matrícula na instituição federal gaúcha, o que, segundo ele, não é bem visto pelas instituições atrás de novos alunos. “Decidi trancar o curso para não perder o semestre. Foi uma coisa que prejudicou muito minha aplicação”, explicou.

Meses depois, em outubro do ano passado, ele descobriu a Minerva e decidiu participar do processo seletivo. Depois de meses, foi um dos dois brasileiros que ganharam uma vaga –o outro acabou decidindo não fazer a matrícula, segundo a assessoria de imprensa da universidade.

Na Minerva vou conhecer o mundo ao mesmo tempo em que vou estudar. Vou poder conhecer problemas de outras partes do mundo, e também descobrir as soluções que deram para eles”
Guilherme Nazareth,
brasileiro aceito na Universidade Minerva

Guilherme acredita que a liderança que ele exerceu no grêmio estudantil do seu colégio foi um dos fatores, além das notas altas na escola, que garantiram sua vaga. “Espero muito trabalho, já estou sendo acostumado com a ideia de que vai ser um currículo muito rigoroso, como eu gostaria”, diz.

Enquanto não embarca para os Estados Unidos, Guilherme aguarda com ansiedade os próximos anos vivendo em São Francisco e nas capitais argentina e alemã. Os demais destinos do terceiro e quarto anos ainda não estão definidos, mas as cidades onde a Minerva tem buscado locais para acolher os jovens são Hong Kong, Mumbai, Londres e Nova York.

Daqui a cinco anos, o gaúcho diz que espera receber o diploma depois de ter adquirido um conhecimento impossível de encontrar em outra universidade. “Eu sairia endividado, tendo que trabalhar direto, não teria tempo de conhecer o mundo. Na Minerva vou fazer isso ao mesmo tempo em que vou estudar. Vou poder conhecer problemas de outras partes do mundo, e também descobrir as soluções que deram para eles.”