Investimento de R$ 29,4 milhões deve permitir a instalação de 30 clínicas.
Alunos farão atendimento com supervisão de professores, como já ocorre.
Os Ministérios da Saúde e da Educação apresentam nesta terça-feira (5) um programa de investimento em clínicas nas faculdades de odontologia de todo o país para que estas possam receber pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que até o fim do ano 15 instituições tenham aderido, o que representaria mais de 40 mil atendimentos adicionais.
O montante inicial de investimento é de R$ 29,4 milhões, suficientes para implantar 30 clínicas. Para participar as faculdades precisam apresentar um projeto, a ser avaliado pelo governo. Cada uma que aderir à iniciativa receberá um incentivo de implantação de R$ 80 mil, além de um custeio mensal variável entre R$ 25,2 mil e R$ 103,3 mil mensais.
Segundo o Gilberto Pucca, coordenador nacional de saúde bucal do Ministério da Saúde, o programa visa a, além de oferecer mais atendimento odontológico à população, ajudar os estudantes a terem mais contato com os procedimentos mais comuns na população brasileira, como prevenção de cárie e restaurações de baixa complexidade. Eles atenderão com supervisão de professores, como já ocorre.
Os alunos ainda terão a vantagem de ter acesso a equipamentos que, em certos casos, teriam de comprar com recursos próprios, o que, segundo Pucca, representa uma restrição para os alunos de menor renda.
Além da atenção básica, as clínicas ainda realizarão procedimentos como cirurgias, tratamentos de canal, diagnósticos de câncer e tratamentos das gengivas, ortodontia e implante dentário.
Já existem parcerias municipais que fazem verba do SUS ser repassada a clínicas odontológicas universitárias. No entanto, o programa é o primeiro a fazer isso de forma coordenada nacionalmentem, explica Pucca.
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