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Por  G1 | Para: CBN Foz

Uma pesquisa sobre a taxa de mortes por 100 mil habitantes mostra que Araçatuba (SP) está mais violenta que a capital. Os números são de 2012 e ainda refletem na realidade da população, já que desde sexta-feira (4), quatro pessoas foram assassinadas na cidade. A Polícia Civil contesta o estudo.

Jovens com idade entre 15 e 29 anos representam 53% das vítimas da violência no país. Os dados são de um estudo feito a cada dois anos pela Faculdade Latino-americana de Ciências Sociais com base nas informações do Ministério da Saúde. A pesquisa traça um mapa da violência no Brasil e mostra que, em 2012, mais de 100 mil pessoas morreram no país em situação de violência.

Segundo o estudo, Araçatuba aparece com um índice de violência maior do que o da capital paulista, por 100 mil habitantes. A taxa de homicídio é de quase 20 a cada 100 mil habitantes, o que representa 36 vítimas. Em São Paulo, capital, esse número é de 15,4 por 100 mil habitantes, mais de 1,5 mil vítimas.

O delegado da Polícia Civil Marcelo Cury contesta os números. Em 2012, a cidade registrou 17 homicídios, um número baixo para Araçatuba, segundo ele. “Araçatuba teve índices altos na virada do ano 2000 até 2005, quando tivemos 59 homicídios, número três vezes maior do que o tolerável. Em 2007 para cá temos índices toleráveis e temos crimes mais preocupantes do que o homicídio”, afirma Cury.

A pesquisa mostra ainda que 40% das mortes estão relacionadas a acidentes de trânsito. Em Araçatuba foram 35 vítimas por 100 mil habitantes, 65 mortes. Em São José do Rio Preto (SP), quase 30 vítimas por 100 mil habitantes, totalizando 119 mortes. Já na capital, foram 11,9 acidentes por 100 mil habitantes, mais de 1,3 mil pessoas morreram. As principais vítimas são motociclistas.

O secretário de Mobilidade Urbana de Araçatuba, Delcir Getúlio Nardo, explica que isso é reflexo do crescimento da frota no município. “O aumento de acidente está relacionado com o acréscimo da frota. As ruas estão da mesma dimensão e temos um veículo por habitante praticamente”, diz o secretário.

Para a doutora em sociologia Vera Smolentzov, a única maneira de melhorar estes números é investir em educação. “Não vejo chance de melhorar o índice, no interior ou nas capitais, sem investimento na educação de boa qualidade”, afirma.

Pesquisa mostra que 40% das mortes estão relacionadas a acidentes de trânsito (Foto: Reprodução/ TV TEM)