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Funcionários, estudantes e professores da Universidade de São Paulo (USP) protestaram nesta quinta-feira (26) para pedir a libertação do estudante e servidor da USP Fábio Hideki Harano, preso na segunda-feira (23), na capital paulista, em um protesto contra os gastos públicos na Copa do Mundo.

O grupo fechou a entrada da universidade e caminhou por ruas da Zona Oeste até chegar ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado. Uma comissão de cinco manifestantes foi recebida e teve a promessa de um novo encontro sobre o tema no fim da tarde na Secretaria da Segurança Pública (SSP), de acordo com os manifestantes.

A libertação de Harano é um dos pontos levantados no protesto por servidores e estudantes da universidade, que estão em greve desde o fim de maio. Os funcionários da USP não são os únicos a pedir a libertação do jovem: a Defensoria Pública de São Paulo entrou com um pedido de liberdade provisória para Arano e também para o professor de inglês e assistente de help desk Rafael Marques Lusvarghi, de 29 anos, ambos detidos em flagrante durante a manifestação.

Segundo a Defensoria, “não estão previstos requisitos que justificam a prisão” e, por isso, o órgão pediu que os acusados acompanhem o processo em liberdade. O pedido foi despachado com requisição para vistas do Ministério Público, que deve se manifestar antes da decisão final de um juiz.

Na segunda-feira, Tatiana Lusso, que se apresentou como advogada de Lusvarghi, negou que seu cliente seja um black bloc. Na terça-feira (24), o advogado Renato Pincovai, que defende Harano, apresentou a mesma negativa.

“Ele é ativista. Teria se formado em jornalismo pela USP e agora é auxiliar de laboratório do Hospital Universitário.”

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), os dois estudantes foram indiciados por associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, incitação à violência, resistência e desobediência.

De acordo com a pasta, esses crimes não preveem pagamento de fiança para responder em liberdade. Por isso, Arano e Lusvarghi continuam detidos.