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A proposta oferece vínculo empregatício a pesquisadores oriundos de outras universidades .

Na última semana, foi lançado o Projeto Integrado Unicamp de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, que possibilita o ingresso de pesquisadores, em especial da região de Campinas, em 35 cursos de mestrado e 33 cursos de doutorado na universidade.

A proposta é oferecer a alunos de diversos programas de mestrado e doutorado, públicos ou não, vínculo empregatício, ou seja, salário integral, e não necessariamente bolsas, para desenvolverem pesquisas na Unicamp. Os pesquisadores também irão poder desenvolver estudos nos laboratórios de suas instituições de origem, que devem aceitar as exigências em relação à publicação dos resultados, havendo ainda um compromisso quanto a patentes e direitos autorais.

— Já temos a adesão de três instituições próximas à Universidade: o CTI (Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer), CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações) e CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais). O CPqD já possui uma lista 40 pesquisadores candidatos à seleção, conta Ítala D’Ottaviano, pró-reitora de pós-graduação  e professora da Unicamp.

Segundo a reitoria, inicialmente 12 unidades da Unicamp aceitaram participar do projeto: Faculdade de Ciências Aplicadas, Faculdade de Engenharia de Alimentos, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Engenharia Mecânica, Faculdade de Engenharia Química, Faculdade de Tecnologia, Instituto de Biologia, Instituto de Economia, Instituto de Física Gleb Wataghin, Instituto de Geociências, Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica e Instituto de Química. 

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Jorge Almeida Guimarães, presidente da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nivel Superior), diz considerar o projeto bastante inovador. Segundo ele, já está sendo vista a viabilidade da iniciativa em instituições como USP (Universidade de São Paulo), de forma integrada às FAPs (Fundações de Apoio à Pesquisa).

— Entendo que o projeto terá papel fundamental não apenas nas instituições mencionadas, mas também no doutorado na indústria. Nesse sentido, a palavra inovação foi um atrativo especial para nós da Capes, pois todos sabemos da necessidade de avançar em processos de inovação com base científica e resultados tecnológicos.

— Esse projeto tem, por natureza, um espectro de integração extremamente amplo, entre universidade e setor produtivo, entre as próprias universidades, a inserção dos institutos e a política pública através da ação especial da Capes no sentido de viabilizar a proposta, diz José Tadeu Jorge, reitor da Unicamp.