Professores e funcionários vão cruzar os braços a partir da próxima semana. Em discussão, congelamento de salários.
Os professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) decidiram na tarde desta quinta-feira entrar em greve a partir da próxima semana. Os funcionários da instituição vão cruzar os braços já na sexta-feira. O grupo vai se juntar à greve, anunciada na noite de quarta-feira, de servidores e docentes da Universidade de São Paulo (USP) e de sete campi da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp). A greve das universidades estaduais paulistas começa na próxima terça-feira, com exceção de cinco campi da Unesp que já estão sem aulas. Na USP, alunos vinculados ao Diretório Central dos Estudantes decidiram apoiar o movimento grevista e também vão parar as atividades acadêmicas.
A greve conjunta é uma resposta dos sindicalistas à decisão dos reitores das três estaduais de congelar a folha de pagamento. Segundo os dirigentes das universidades, atualmente os salários comprometem 95,42% do orçamento da Unesp, 97,33% da Unicamp e 105% da USP, o que explica o congelamento.
Em comunicado, o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp) informou que prorrogará as discussões sobre aumento salarial para os meses de setembro e outubro. Os professores dos demais campi da Unesp devem votar até o fim do dia se aderem ou não à greve.
Federais — Na próxima semana, professores e funcionários das universidades e institutos federais também deverão parar as atividades. Segundo comunicado do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), que liderou a paralisação das universidades federais em março, as instituições vão parar no dia 28.
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