Docentes, funcionários e estudantes da USP (Universidade de São Paulo) iniciam nesta terça-feira (27) greve por tempo indeterminado. Para a data, também está marcado um ato às 14h em frente à Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), quando será realizada uma audiência pública com o tema “Crise financeira das Universidades”.
A paralisação foi definida pelas três categorias em assembleias realizadas na última quarta-feira (21), após o anúncio do Cruesp (conselho de reitores da USP, Unesp e Unicamp) de que não haverá reajuste salarial nas universidades públicas paulistas este ano.
Na USP, grevistas também reclamam do corte de recursos financeiros na ordem de 30% para todas as unidades. Segundo a comunidade universitária, a medida afeta profundamente o ensino, a pesquisa e extensão.
— Nós [funcionários das universidades estaduais paulistas] estamos reivindicando ajuste salarial de 7% com base na inflação calculada pelo Dieese [Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos], mais reajuste de 5% referente a perdas históricas da categoria. O corte de 30% de verbas para cada unidade da USP anunciado esse ano é o principal ponto de reivindicação dos estudantes e dos professores, diz Magno de Carvalho, diretor do Sintusp (Sindicato dos Funcionários da USP).
A Unicamp e Unesp também decretaram greve na última semana. Professores, funcionários e alunos dessas instituições se somarão aos grevistas da USP no ato em frente à Alesp amanhã.
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