A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) realizou audiência pública nesta quarta-feira (14) para ouvir as críticas dos representantes dos funcionários dos institutos de federais de educação à forma como essas instituições têm sido geridas.
Para o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), há falta de democracia e de transparência em grande parte dos quase 700 campi espalhadas por todo o País.
Marco Antonio Vezzani, coordenador de Política e Mobilização Sindical da seção do Distrito Federal do Sinasefe, relatou problemas como falta de representatividade nos conselhos superiores das instituições, falta de critérios claros para a escolha de membros dos conselhos de ética, irregularidades nas eleições de diretores de campi e de reitores e desobediência às normas que regem os institutos de educação.
Samanta Lopes Maciel, coordenadora geral do Sinasefe, reforçou as críticas dizendo que têm sido nomeados diretores e reitores inaptos do ponto de vista técnico, pedagógico e político. Ela denunciou a prática de assédio moral contra funcionários das instituições, especialmente aqueles envolvidos em atividades sindicais.
O representante do Ministério da Educação, Oiti José de Paula, disse que praticamente todos os reitores empossados foram eleitos por maioria de votos, dentro das regras vigentes, e que nos casos em que houve intervenção do ministério isso ocorreu por determinação da Justiça.
– Temos alguns casos pontuais em que tivemos problemas, mas são pontuais.
O senador Paulo Paim (PT-RS), que presidiu a reunião, disse que sugerirá ao Ministério da Educação que faça uma reunião para mediar os conflitos citados durante a audiência e para tratar das denúncias de assédio moral.
Ele também recomendou a reabertura das negociações com os sindicatos dos servidores das instituições federais que estão em greve neste momento em todo o País. Para o senador, os institutos federais devem ser cada vez mais transparentes, democráticos e participativos.
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