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O Ministério da Educação, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, promoveu na tarde desta quarta-feira, 14, em Brasília, o seminário Direitos de aprendizagem: Desafio da adequação idade-ano. No encontro, gestores e educadores discutiram a trajetória dos estudantes brasileiros da educação básica e apresentaram experiências no uso de novas tecnologias na correção do fluxo.

O evento teve a participação do ministro da Educação, Henrique Paim, e do presidente do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Chico Soares.

Segundo o ministro, a correção da distorção idade-ano é um dos desafios para a educação básica brasileira. “O Brasil avançou muito em relação aos anos iniciais, e nós temos segurança que continuaremos tendo bons resultados”, observou. “O grande nó que nós temos é quando entramos no sexto ano do ensino fundamental ou no primeiro ano do ensino médio, quando aumenta a complexidade e o currículo é interdisciplinar”, afirmou Paim.

Para diminuir a distorção ano-série, a Fundação Roberto Marinho e o MEC, por meio das secretarias estaduais de educação, estão implementando a metodologia telessala em 10 estados. De acordo com esse método, o professor atua como mediador de aprendizagem, utilizando, em suas aulas, os livros do telecurso, as teleaulas e material didático complementar – cadernos de cultura, livros de literatura, dicionários, mapas, com o objetivo de dinamizar o aprendizado e torná-lo mais atrativo.

De acordo com o diretor-geral da Fundação Roberto Marinho, Hugo Barreto, a primeira etapa da parceria atenderá 211 mil estudantes.

O presidente do Inep, Chico Soares, destacou que a educação deve se concretizar em resultados escolares e que o direito ao aprendizado deve ser garantido. “O tema do evento se relaciona diretamente com a trajetória regular e com o aprendizado”, disse. “A trajetória regular envolve, na idade certa, o acesso à escola, a permanência, a promoção e a conclusão”, explicou.

Soares ainda destacou a importância de políticas públicas e ações que promovem a redução das taxas de distorção, como os programas Mais Educação e Bolsa-Família, além do crescimento dos investimentos em educação.

“É preciso mudar a cultura de tolerância com a desigualdade. Além disso, a escola deve se adaptar ao aluno que atende e, com essa estratégia, garantir sua permanência e aprendizado”, afirmou.