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Pagamento de salários acima do teto permitido está entre irregularidades.
Reitor na época, João Grandino Rodas foi multado em R$ 40 mil.

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo reprovou nesta terça-feira (15) contas de 2011 da Universidade de São Paulo (USP), como informou o SPTV. Entre as irregularidades, estão o pagamento de salários acima do teto permitido por lei e uso de terra contaminada na USP Leste. O então reitor, João Grandino Rodas, foi multado em R$ 40 mil.

Em nota, a universidade disse que desde 2012 é aplicado o teto do governador nos salários da USP. Sobre o campus Leste, a universidade afirmou que está tomando todas as medidas solicitadas pela promotoria e pelos técnicos da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).

O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Dimas Ramalho, apresentou um relatório listando irregularidades na administração da USP em 2011. O relator apontou que o salário de 167 funcionários era maior que o do governador. Na época, Geraldo Alckimin ganhava R$ 18.725.

De acordo com o relatório, Rodas, recebeu quase R$ 25 mil. Descontadas as indenizações, foram quase R$  4 mil acima do teto. O atual reitor, Marco Antônio Zago, recebeu mais de R$ 26 mil de salário, quase R$ 5 mil acima do teto, sem as indenizações.

O relatório trouxe ainda dados sobre os problemas ambientais da USP Leste e destaca que “durante praticamente todo o ano de 2011, ocorreu o depósito de significativo volume de terras de origem desconhecida, sem licença ambiental e contaminadas, segundo estudos da própria universidade”.

Além de recusar a prestação de contas de 2011 da USP e de multar o ex-reitor, o Tribunal de Contas do Estado deu prazo de 60 dias para o atual reitor, Marco Antônio Zargo, apurar e punir os responsáveis pelos problemas apontados.

O Tribunal de Contas encaminhou o relatório para a análise do Ministério Público Estadual, do Ministério Público do Trabalho e da Secretaria do Meio Ambiente.