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A estudante Frances Chan, 20, da Universidade de Yale (Estados Unidos) decidiu mudar radicalmente sua alimentação depois de ser diagnosticada com distúrbio alimentar por médicos da instituição.

Cansada das idas e vindas ao centro médico para exames e acompanhamento nutricional e psicológico, a universitária resolveu por conta própria aumentar a ingestão de carboidratos para ganhar peso rápido.

“Além de adicionar muitos carboidratos em cada refeição, eu comia 3-4 colheres de sorvete duas vezes por dia com chocolate, cookies, ou Cheetos [salgadinho] na hora de dormir”, afirmou em umdepoimento ao site do jornal “Huffington Post”.

Segundo Frances, ela não tem nenhum problema com a comida, mas ficou cansada diante da pressão dos médicos.  Em dezembro, a médica que atendeu a aluna informou que estava preocupada com o baixo peso dela e chegou a dizer que daria uma licença médica caso ela não cumprisse suas recomendações. “Se eu fosse até a administração [de Yale], você já estaria fora da escola. Estou tentando ajudar”, teria dito.

Mesmo com a “nova dieta”, Frances não conseguiu engordar o suficiente para as determinações dos médicos da universidade. Com isso, decidiu que não ia mais se submeter a novos testes e avaliações sobre seu peso. “Eu não tenho um distúrbio alimentar. Se Yale quer me chutar para fora, deixem tentar — nesse meio tempo, vou estudar para os exames semestrais, fazendo o meu melhor para compensar o tempo perdido”, afirmou.

A discussão sobre seu peso teria começado em setembro de 2013, quando ela notou um caroço em seu seio e foi buscar ajuda. O nódulo foi diagnosticado como benigno, mas os médicos de Yale a chamaram para uma consulta de acompanhamento, pois tinham outras preocupações.

 

Segundo a universitária, sua mãe e a maioria dos membros de sua família possuem o IMC (Índice de Massa Corporal) baixo. 

No último dia 4 de abril, Frances publicou em sua página na rede social Facebook que visitou o departamento de saúde da universidade acompanhada pelos pais e foi consultada por uma nova médica. “Ela se desculpou repetidamente pelos ‘meses de angustia’ que eu atravessei e admitiu que o IMC não é o fim de tudo. Ela olhou os meus registros médicos desde o primeiro ano (o que a médica anterior não havia feito) e observou que meu peso se manteve o mesmo. Então, ela acredita que eu não tenho um distúrbio alimentar e admite que ‘nós cometemos um erro'”,  relatou.