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Após 13 dias, os estudantes deixaram o hall de entrada da diretoria do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP), na tarde desta segunda-feira (7). A desocupação foi pacífica e não houve intervenção policial. Por volta das 12h50, um oficial de justiça foi ao local e leu para os alunos o comunicado de reintegração de posse, que deveria ocorrer até as 13h.

Durante a manhã, muitos dos cerca de 40 estudantes que estavam no local começaram a retirar os colchões. Os alunos, que são de vários cursos, tomaram o local no dia 25 de março sob a alegação de que 15 estudantes tiveram a bolsa moradia negada e que o alojamento da universidade está superlotado.

Um outro ponto apresentando durante a ocupação foi a construção de um novo bloco na moradia estudantil, que é uma reivindicação antiga. No ano passado, eles ficaram três meses em greve e esse mesmo assunto já fazia parte da pauta, mas as negociações não evoluíram e, segundo eles, a situação da moradia piorou. Segundo os alunos, ao todo, são 96 vagas e no local há 132 pessoas.

Unesp
Em nota, a assessoria de imprensa da universidade informou que a Comissão de Moradia de Rio Claro considerou que as 15 bolsas em questão não foram concedidas porque as solicitações não atendiam aos requisitos socioeconômicos exigidos.

Em relação à queixa de superlotação das moradias, a direção do Instituto de Biociências (IB) da Unesp de Rio Claro informou que vem sendo feita, pela comissão, uma avaliação da existência desse excesso.

A diretoria do IB informou que na quinta-feira (10) o presidente da Comissão de Permanência Estudantil, vinculada à reitoria, estará na unidade para discutir moradia, bolsas e outras questões, como uma ampliação. A universidade informou ainda que é possível uma reintegração em nome da preservação do patrimônio público, caso não haja a desocupação do hall da direção.

A ocupação pacífica, que não interferiu no funcionamento do campus, pedia ainda a ampliação das bolsas auxílio, que hoje são 58 em todo o campus, efetivação das bolsas emergenciais, que são de 10 meses, além da revogação do processo seletivo da bolsa, já que, segundo os estudantes, o critério de escolha usado não leva em conta a condição socioeconômica do estudante.