Alunos da Universidade de São Paulo (USP) criaram uma espécie de mural com frases racistas, machistas e homofóbicas que teriam sido proferidas por professores da instituição. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, as frases que encobriram os vitrais e colunas do prédio da Faculdade de Direito da USP foram escritas por um grupo feminista da escola com o objetivo de revelar as manifestações preconceituosas dos docentes.
Segundo o grupo, um dos professores teria dito que “gay não é confiável”. Outros, teriam atacado a ala feminina, dizendo que “”o assédio sexual é insignificante” e “homem não sabe por que bate, mas mulher sabe por que apanha”. Os nomes dos professores não foram publicados nos murais, apenas o local os cursos ou faculdades onde eles lecionam.
De acordo com o grupo feminista Dandara as queixas sobre preconceitos aumentaram nos últimos meses. “É absurdo. Fizemos a intervenção para mostrar que isso está errado, principalmente em um lugar onde se discutem os direitos e o cumprimento da lei”, relatou a estudante Ana Lídia Cavalli, 19 anos, que integra o grupo feminista. A iniciativa teve apoio do centro acadêmico da unidade.
O diretor da Faculdade de Direito, José Rogério Tucci, no cargo há pouco mais de um mês, afirmou que desconhece o conteúdo das reclamações e que vai procurar os envolvidos na segunda-feira. “Não queremos atitudes discriminatórias”, disse.
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