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Um dos paradigmas da Educação nesse século é a questão do ensino a distância. Muito ainda é preciso pesquisar sobre como essa modalidade pode afetar os processos de ensino-aprendizagem. Apesar de ser alardeada como uma das soluções para os problemas educacionais que enfrentamos, temos que analisar seus usos.

José Pacheco, um dos criadores da Escola da Ponte já “pregava”, antes do uso intensivo de tecnologia na educação, que cada educando tem seu tempo próprio para a aprendizagem e por isso ajudou a revolucionar a educação ao quebrar as paredes da escola que dirigia e propôs uma nova forma de trabalhar, respeitando o tempo de cada estudante e contando com um foco no trabalho colaborativo em grupos, com esses se ajudando mutuamente.

O que temos observado com as novas tecnologias é que o principio do tempo de cada educando é respeitado, mas e as outras condições para um bom processo de ensino-aprendizagem? Múltiplas são as formas com que o ser humano aprende e compartilha sua cultura, e para um século onde os tempos de cada um se somam em uma grande cadeia global é preciso que cada vez mais essas multiplicidades estejam abertas a mais pessoas.

Assim, o ensino à distancia pode ser um aliado de educadores para sermos capazes de educar os seres humanos para novos tempos. Mas sua exacerbação pode nos levar ao risco da bancarização da educação, onde os educandos só recebem conteúdos online. É preciso que o tempo de cada um seja respeitado, é preciso que o acesso aos novos meio de educação possam ser oferecidos a cada vez mais pessoas, mas é preciso principalmente saber como se dosar isso para que o processo continue sendo eminentemente humano e humanizador.