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A taxa de alunos do 3º ano do ensino fundamental com nível satisfatório de conhecimento em língua portuguesa aumentou em Minas, segundo a Secretaria de Estado de Educação, que divulgou nessa terça-feira o resultado dos testes do Programa de Avaliação da Alfabetização (Proalfa) aplicados em 2013. Nas escolas da rede estadual, 92,3% dos 75,9 mil participantes da prova tiveram pontuação considerada recomendada, índice superior aos 87,3% de 2012. Nas instituições das redes municipais, a taxa aumentou de 73,6% para 79,5% no mesmo período.

O Proalfa avalia o nível de letramento dos estudantes de 8 anos matriculados no 3º ano, buscando verificar se eles conseguem ler, escrever, interpretar textos e fazer sínteses de forma satisfatória. As notas variam de zero a 1 mil pontos. Na rede estadual, a taxa de alunos no nível recomendado (acima de 500 pontos) quase dobrou desde 2006, quando o teste foi aplicado pela primeira vez, saltando de 48,6% para os 92,3% do ano passado. No mesmo período, o índice de estudantes na faixa intermediária (de 450 pontos a 500 pontos) caiu de 20,6% para 4,6%, enquanto o daqueles com desempenho baixo (abaixo de 450 pontos) caiu de 30,8% para 3,1%.

Nas redes municipais, a taxa do nível recomendado passou de 42,7% em 2006 para 79,5% em 2013. Já as faixas intermediária e baixa caíram, no mesmo período, de 22,1% para 11,1% e de 35,2% para 9,3%, respectivamente. A prova é obrigatória para as escolas da rede estadual e oferecida pelo governo às municipais. A participação dos alunos, voluntária, também aumentou entre 2012 e 2013. Nas instituições geridas pelo estado, os 75,9 mil participantes representaram 94,4% do total de matriculados, índice que em 2012 foi de 93%. Já naquelas administradas pelas prefeituras, houve 152,7 mil participantes, 91,4% do universo de matrículas, contra 90,8% em 2012.

O Proalfa, que é realizado pelo Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (Caed/UFJF), apresenta resultados por escola e aluno. O programa é um dos instrumentos usados por governo e prefeituras para definir políticas pedagógicas. Segundo a secretária de Estado de Educação, Ana Lúcia Gazzola, a principal explicação para a melhora nos índices de proficiência é a realização do Programa de Intervenção Pedagógica (PIP), criado em 2007, que mantém visitas periódicas de analistas educacionais a escolas, para orientar o plano pedagógico e propor intervenções.

Para a secretária, um dos desafios é diminuir as desigualdades regionais. “Nas redes municipais, há uma heterogeneidade enorme, o que faz com que algumas tenham desempenho menos expressivo”, aponta.