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Universidade enfrentará desafios para incluir alunos da rede pública.

Reitor da USP (Universidade de São Paulo) desde o dia 25 de janeiro, Marco Antonio Zago tem uma série de desafios para vencer até 2018, quando entregará a direção da maior universidade do Brasil para o próximo administradoR.

Num encontro com jornalistas realizado na última sexta-feira (31), ele sinalizou que além de questões urgentes como o orçamento e a liberação do campus leste, interditado pela Justiça desde o dia 9 de janeiro, o debate sobre cotas e uma nova abordagem do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) estão na agenda da administração.

Zago lembrou que a USP não costuma tomar decisões de um dia para outro, mas deve debater as cotas e o Enem em breve. Segundo ele, o colegiado da universidade têm se manifestado contra as cotas, fato que não significa que ele não está preocupado com a inclusão.

— Até 2018 queremos aprovar no nosso vestibular 50% de alunos da rede pública. Estamos aumentando a política de bônus para alcançar este objetivo. Fizemos mudanças em 2013 e teremos o resultado preliminar numa semana, quando analisarmos os dados do vestibular.

No ano passado, a USP aprovou um plano de Inclusão Social (Inclusp), que concedeu bônus de até 25% para alunos de escolas públicas. O bônus é calculado segundo o desempenho do candiadto na prova da primeira fase e é aplicado na segunda.

O plano também criou um novo grupo de beneficiados pelos bônus – pretos (termo usado pela USP), pardos e indígenas, que tenham cursado integralmente o ensino básico em escolas públicas. Pessoas que se enquadram nesta categoria podem receber até 5% de bônus adicional.

Enem

Para o reitor da USP, o Enem está se consolidando, mas já apresenta mudanças significativas que não devem ser ignoradas pela insituição. Quando o exame foi implantado ele fazia uma espécie de avaliação do sistema de ensino do País. Atualmente, o Enem serve como um verdadeiro vestibular. No primeiro semestre do ano o exame vai determinar o ingresso de mais de 171 mil alunos em 115 universidades federais e estaduais, que adotaram o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) como sistema de ingresso.

— Não podemos trocar os quatro pneus de um carro que está andado a 120 quilômetros por hora. A universidade deve rever o sistema de acesso e até pode fazer uma abertura deixando de selecionar alunos usando apenas um vestibular unificado. Vamos reavaliar e debater  nosso entendimento sobre o Enem, concluiu.