Instituições de ensino superior apresentaram, na manhã desta quinta-feira (7), em Santarém, oeste do Pará, um projeto que vai traçar um mapa da violência na região. O trabalho irá facilitar a atuação dos órgãos de segurança como as polícias civil e militar.
O mapeamento é um trabalho conjunto de acadêmicos e professores da Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Estadual do Pará (Uepa), com a parceria da Universidade de Havana, em Cuba. Além de Santarém, Óbidos, Almeirim e Oriximiná também serão monitoradas.
“Estamos criando indicadores da criminalidade nos bairros. Cada bairro vai ter um indicador de crimes contra a pessoa, contra o patrimônio, contra a liberdade sexual, tráfico. Vamos ter um indicador de homicídios e de acidentes de trânsito”, informou o coordenador do projeto Jarsen Luis.
O projeto de pesquisa Rede Brasil – Amazônia de gestão estratégica em defesa da segurança e desenvolvimento conta com a parceria direta das policias. “Fomos a algumas escolas estaduais e municipais para palestrar e alertar, mostrando para a sociedade os delitos que mais tiveram crescimento, notadamente o de tráfico de drogas, a violência contra a mulher. A gente conscientiza para que evite novos casos”, declarou o delegado de Polícia Civil, Germano do Vale.
O trabalho é uma fonte de dados que irá contribuir com o planejamento de atuação preventiva nos bairros dos municípios contemplados. “Temos que observar esse mapeamento para que possamos nos planejar para coibir os delitos que mais incomodam a população. É importante que façamos isso próximo ao cidadão. A Polícia Militar vir até a academia nos dá a oportunidade de falar com pessoas que estão desenvolvendo estudos científicos”, afirmou o coronel Costa Junior, da Polícia Militar.
Em todo o país, 17 projetos foram aprovados. Esse foi o único contemplado na região Norte pelo governo federal, com uma verba de R$ 600 mil a serem utilizados durante os quatro anos de execução.
Toda a comunidade vai poder ter acesso aos indicadores no site do Observatório Criminal do Tapajós (Obcrit), que ainda está em fase de construção. Para os acadêmicos, é uma satisfação em aprender colaborando. “Temos a base teórica e estamos colocando em prática como está sendo feita a parte do cadastro e queremos sugestões e críticas das autoridades aqui presentes”, declarou o acadêmico da Ufopa, Bruno Machado.
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