Divulgados na última terça-feira (5), dados do Mapa da Violência 2013, levantamento de informações sobre as mortes provocadas por arma de fogo em todo o país, destacam o Maranhão como um dos estados em que os índices de óbitos mais cresceram durante os anos de 2000 e 2010.
Na região Nordeste, a maior parte dos estados apresenta elevados índices de crescimento no número de óbitos, mas o destaque é dado ao Maranhão, onde o número de vítimas cresceu 344,6% nesta década.
Em suas considerações finais, o documento levanta questionamentos acerca do controle de armas de fogo, que apesar de ser fonte de mais de 70% dos homicídios no país, é um tema que “cai rapidamente no esquecimento, substituído por outras tragédias”.
Uma das justificativas para a falta de discussão seriam os “poderosos interesses” relacionados com o “denominado de complexo industrial-militar”, conglomerado de empresas que lucram com a produção de armas e outros tipos de equipamentos e produtos para uso civil.
Falta investimento – Dados da Assembleia Legislativa do Maranhão comprovam o baixo investimento em segurança pública no estado. Os gastos com custeio e investimento no ano de 2012 foram de R$ 2,4 bilhões, enquanto que para a segurança pública só foram destinados R$ 84 milhões, aproximadamente 3,5% deste recurso.
Em comparativo entre os gastos com a polícia militar e publicidade, é perceptível a falta de atenção à segurança pública. Os gastos com publicidade somam mais de R$ 60 milhões, a Polícia Militar recebe apenas R$ 16 milhões em custeio e investimentos, quatro vezes menos.
Para fazer download do Mapa da Violência 2013, clique aqui.
Armados – Produzido pelo cineasta Rodrigo Mac Niven, o documentário “Armados” promove uma reflexão sobre o desarmamento civil, estimulando um debate sobre o impacto da violência armada na população brasileira.
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