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 Assembleia Legislativa estadual de Alagoas e a Comissão Especial para Acompanhamento do Programa Nacional de Combate à Criminalidade (Brasil Mais Seguro) realizam sessão especial no plenário da Casa nesta sexta-feira, 11, a partir das 9h, para debater os elevados índices de mortalidade por arma de fogo em Alagoas. A audiência será em conjunto com a Subcomissão Especial de Controle das Armas e Munições da Câmara dos Deputados e contará com a participação dos deputados federais Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT-AL) e Alessandro Molon (PT-RJ), presidente da subcomissão, a qual tem a tarefa de fiscalizar o cumprimento do Estatuto do Desarmamento.
Conforme dados do Mapa da Violência, no período de 1980 e 2010 morreram no Brasil 799.226 cidadãos, vítimas de armas de fogo. “Desse total, Alagoas lidera o infame ranking nacional e os dados afirmam que a maioria dos mortos por esta modalidade varia entre 15 e 29 anos de idade. Em 2000, a taxa de homicídios era de 31,6 e em 2010 o índice subiu para 94,5, praticamente triplicando os assassinatos”, destaca o deputado Ronaldo Medeiros (PT), presidente da comissão do Legislativo estadual, que acompanha a execução do Brasil Mais Seguro em Alagoas e propositor da sessão.
Medeiros acrescenta que apresentou o requerimento para debater o tema por conta aumento alarmante dos números relacionados à violência e que atinge todas as camadas sociais. “Em pouco mais de uma década, os índices de violência em Alagoas aumentaram 215,2%”, reforça o petista.
O caráter seletivo e desigual da violência contra os jovens negros, segundo o parlamentar, também chama a atenção na pesquisa do Mapa da Violência. “O índice de vitimização por raça/cor por armas de fogo em Alagoas é de 1.394”, pontua Ronaldo Medeiros.
A Comissão Especial para Acompanhamento do Programa Brasil Mais Seguro na Assembleia Legislativa tem o objetivo fiscalizar a aplicação dos recursos na diminuição da violência no Estado e tem como integrantes os deputados Jeferson Morais (DEM), Ricardo Nezinho (PMDB), Gilvan Barros (PSDB), além de Ronaldo Medeiros, presidente do grupo, e Pedro Montenegro, que atua como advogado e consultor da comissão.