O Sudeste concentra 22 dos 42 municípios pré-selecionados pelo Ministério da Educação para receber cursos de Medicina em instituições privadas, de acordo com a lista divulgada ontem. Já o Norte e o Nordeste têm 12 representantes. A abertura de graduações faz parte do Mais Médicos, programa do governo federal que pretende suprir o déficit de profissioinais. A lista de pré-selecionados traz 12 cidades paulistas, entre elas São Bernardo do Campo, Mauá e Osasco, na Grande São Paulo.
Dos mais de 200 municípios inicialmente interessados, 154 concluíram a inscrição para receber cursos. Na primeira fase, podiam se inscrever cidades que não fossem capitais, com mais de 70 mil habitantes e sem graduações médicas.
Já na segunda etapa há requisitos de infraestrutura, como cinco ou mais leitos disponíveis por aluno, pelo menos três programas de residência em áreas prioritárias e hospital de ensino. Na terceira etapa, o MEC analisará o plano de melhorias dos equipamentos públicos e programas de saúde do município. O resultado final será divulgado pela pasta no dia 18. A expectativa é de criar 3 mil vagas com os novos cursos.
Para o vice-presidente da Associação Brasileira de Educação Médica, Francisco Barbosa Neto, a escolha feita pelo MEC não desfaz a concentração de cursos no País. “Não faz sentido criar tantas graduações no Sudeste.” A infraestrutura, para Barbosa Neto, é um dos principais desafios para a criação dessas graduações. Segundo ele, um dos pontos positivos do edital aberto pelo MEC é a exigência de programas de residência na região. / VICTOR VIEIRA
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