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Estudantes têm permissão para trabalhar. Empresas buscam estagiários “na sala de aula”.

Com universidades listadas entre as melhores do mundo na última edição do THE (Times Higher Education), neste ano, a Finlândia está oferecendo cursos de graduação, pós-graduação, mestrado, doutorado e PhD em todas as áreas de conhecimento e em qualquer região do país aos brasileiros que quiserem estudar fora.

De acordo com o diretor-assistente da agência de internacionalização finlandesa Cimo, Juha Ketolainen, o interesse no estudante brasileiro está ligado ao potencial do Brasil.

— A Finlândia reconhece o potencial do Brasil quanto ao crescimento. Queremos esta nova perspectiva, um ponto de vista diferenciado e a diversidade cultural [brasileira] com a gente em projetos.

Localizada na península Escandinávia, a Finlândia é vista como um dos primeiros países a caminhar para uma economia baseada no conhecimento. Por isso, é necessário que o país invista em pesquisa e desenvolvimento para gerar inovação e avanço tecnológico, explica Juha.

— Programas de intercâmbio entre os países e projetos conjuntos podem muito bem estreitar relações, além de criar novos caminhos de cooperação no futuro. É um benefício de “mão dupla” de conhecimento e perspectivas novas.

O estudante brasileiro de engenharia química Mateus Engels Henke, por exemplo, veio à Finlândia por meio do programa de bolsa CsF (Ciência sem Fronteiras) para ter aulas sobre a indústria de papel e celulose, na qual o país escandinavo é reconhecido mundialmente por suas empresas pioneiras no ramo.

— Pesquisei com meu irmão e ficamos sabendo que a Finlândia “manja” de papel e celulose, e então decidi entrar nessa porque o Brasil também tem uma grande indústria no setor.

De acordo com a Cimo, a Finlândia tem grandes expectativas em relação ao CsF, uma vez que a chegada de brasileiros às universidades representa parte de um megaprojeto de internacionalização do ensino superior finlandês. No país, o número de estudantes estrangeiros ingressados na educação superior chega a ser três vezes menor que em outros países europeus, que também disputam rankings globais de educação de excelência.

Ensino de graça

O país oferece cursos de ensino superior a brasileiros em qualquer área do conhecimento e de graça. Isso porque, por lei, a educação superior é de acesso a todos, incluindo estrangeiros, e por isso as universidades não podem cobrar pelo ensino, conta a gente de projetos da Cimo, Anne Hämäläinen.

— Não há mensalidade. Há, no máximo, uma taxa anual que varia de 60 euros (R$ 184) a 100 euros (R$ 306), dependendo da universidade, que dá ao aluno livre acesso a centros esportivos e serviços hospitalares. Na verdade, o estudante paga para ser membro da universidade.

E não é só o acesso que chama a atenção no ensino superior finlandês. Mas também a qualidade do que é ofertado. A Universidade de Helsinque, na capital, por exemplo, está entre as melhores do mundo e é uma das principais da Europa em artes, humanas, exatas, ciências e saúde, segundo o THE.

Há também instituições de ensino com propostas inéditas de aprendizado. No campus de Porvoo, a cerca de 50 km de Helsinque, a Universidade Politécnica de Haaga-Helia, por exemplo, abole a visão tradicional de salas de aula com alunos e professores para trabalhar no desenvolvimento de futuros profissionais a partir da supervisão de coordenadores.

Voltada à melhoria das capacidades dos profissionais, Haaga faz parte de uma rede de 24 universidades de ciências aplicadas, as chamadas politécnicas, que são fruto da última reforma do ensino superior finlandês. Mas para quem quiser fazer um curso com foco mais teórico, há mais 14 universidades tradicionais.

As politécnicas, no entanto, são as que dão mais chances a quem quiser estudar e trabalhar no período de intercâmbio na Finlândia. Dependendo do programa, o aluno trabalha, e as empresas geralmente vão às faculdades buscar estagiários.

Mas vale lembrar que encontrar trabalho no país não é fácil. Além de o país ainda sofrer com a crise econômica, empregos no setor de serviços, como bares, restaurantes e supermercados exigem o domínio das línguas oficiais do país, sendo o finlandês e o sueco.

Veja abaixo como estudar de graça na Finlândia e os cursos oferecidos para o programa CsF, que tem as inscrições encerradas na sexta-feira (29). Para mais informações sobre como estudar na Finlândia, basta acessar o site www.studyinfinland.fi, cujo conteúdo também está em portguês, e o da Cimo, a agência que cuida dos trâmites dos estudantes em intercâmbio no país.

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