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Na USP, avaliação não é considerada; Unesp e Unicamp usam pontuação do Enem apenas como parte da 1.ª fase

Apesar de o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vir ganhando mais adeptos ano após ano – em 2013 todas as federais do País vão usá-lo em seu processo seletivo, além das centenas de instituições particulares – as três instituições estaduais paulistas continuam mostrando resistência ao exame.  

Desde 2009 (Fuvest 2010), a Universidade São Paulo (USP) não usa mais a nota do Enem. A decisão naquele ano ocorreu depois que a prova vazou, o que inviabilizou a utilização dos resultados no vestibular. Após esse ano, o Enem nunca mais voltou a ser usada na nota da primeira fase do vestibular.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também chegou a rejeitar o Enem em 2009 e 2010, alegando que as datas do exame impediam o aproveitamento da nota. Em 2011, porém, a universidade voltou a aceitar a avaliação. Atualmente, as questões do Enem (menos a redação) compõem a 1ª fase do vestibular da instituição. Os acertos no Enem podem contribuir com 20% da nota e só são considerados quando melhora essa pontuação.

Já a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) usa a pontuação para composição da nota final dos candidatos. Para aqueles que, no Enem, conseguiram melhor rendimento do que obtiveram na 1.ª fase do vestibular, a nota do exame é que é considerada no resultado final. 

Mateus Prado acredita que essa “resistência” de usar o Enem como processo de seleção deve ter mais a ver com o contexto político nacional do que com os problemas registrados na prova, já que o Enem é um exame do MEC, logo, do governo federal.

“O motivo é político. Se o candidato apoiado pelo governo federal fosse eleito governador, as universidades aceitariam o Enem de outro modo. E só ver como as federais estão todas utilizando”, afirma.