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O reajuste das mensalidades das escolas de ensino médio e fundamental no Ceará vai ficar entre 9% e 12%. Já no ensino superior, o aumento será de 8,5% a 11,5%, conforme Airton Oliveira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe-CE).

 

A perspectiva de reajuste acima da inflação (estimada em 5,8% para o ano) já havia sido publicada pelo O POVO. A alta, de acordo com Airton, está relacionado aos investimentos e com a proposta pedagógica de cada escola. “Cada instituição tem liberdade para definir o percentual de reajuste que vai cobrar de acordo com seus investimentos e despesas”. Ele acrescenta que a folha de pagamento, que é baseada no salário mínimo, e o preço dos aluguéis são os principais responsáveis pelo aumento.

 

A assistente administrativa Ana Paula Andrade está preocupada. Ela paga R$ 360 de mensalidade no colégio da filha. “Com o que recebo hoje o reajuste é inviável. Essa cobrança deveria ser analisada melhor”. Já a dona de casa Leuzenir Nunes Aires também reclama. “Já está difícil pagar a faculdade, e com esse reajuste a tendência é que piorar”. Ela desembolsa R$ 400 para pagar a mensalidade do curso superior do filho.

 

Material

Para o próximo ano, os pais também devem ter mudança na lista de material escolar coletivo dos filhos. Projeto de lei do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), aprovado no Congresso, proíbe as instituições de ensino de incluírem material de uso coletivo nas listas escolares. Para entrar em vigor, a medida precisa ser sancionada pela presidente Dilma.

 

Pelo projeto, as escolas serão proibidas de cobrar dos pais materiais como desinfetante, papel higiênico, flanela, álcool e outros itens que não sejam de uso individual do aluno. As instituições também não poderão criar taxas extras para cobrir essas despesas. Elas devem estar incluídas na anuidade do aluno.Pela proposta, se esses itens estiverem presentes na lista de material, ou no contrato firmado entre a escola e os pais, a cláusula que dispuser sobre eles será considerada nula.

 

Para Airton, a lei vem pra confirmar a orientação do sindicato. “Nós recomendamos que as escolas evitem a cobrança desse tipo de material. Esse valor deve ser cobrado na anuidade do aluno. Mas sabemos que tem sempre uma escola ou outra que insiste na cobrança.” Ele acrescenta que a lei é importante para divulgar essas proibições.

 

Números

 

12%

é o índice a que pode chegar o reajuste das mensalidades escolares

 

5,8%

é a perspectiva da inflação no ano de 2013 segundo o boletim Focus, do Banco Central.