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Proporcionalmente, avaliação registrou a inscrição de mais negros, pardos e indígenas que o montante desses grupos na população brasileira

Estudante

Proporção de negros, pardos e indígenas inscritos no Enem 2013 é de 56% (Thinkstock)

 

Em 21 estados brasileiros e no Distrito Federal, a proporção de candidatos negros, pardos e indígenas que se inscreveram noExame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2013 supera a registrada no Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O principal motivo, consideram especialistas, é a Lei das Cotas. Sancionada em agosto de 2012, a lei estabelece que, até 2016, 50% das vagas das universidades federais sejam destinadas a estudantes oriundos de escolas públicas e que haja reserva de vagas também para negros, pardos e indígenas, conforme a proporção desses grupos em cada estado. 

Enquanto o total de inscritos na avaliação federal subiu 24% entre 2012 e 2013, a alta de cotistas foi de 29%. Assim, a proporção de negros, pardos e indígenas no Enem chegou a 56%. Na população brasileira, a taxa registrada pelo Censo é de 51%.

O maior índice foi registrado em Sergipe, com 80,58% — no estado, o censo contabiliza taxa de 71%. Tanto o IBGE quanto o Enem utilizam o critério de autodeclaração. Apenas Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Norte, Amazonas e Maranhão registram proporção de negros, pardos e indígenas inferior à do Censo. 

É importante destacar que a Lei das Cotas já foi aplicada para quem ingressou neste ano nas universidades. Contudo, quando entrou em vigor em 2012, as inscrições para o Enem já haviam sido encerradas. Por isso, o aumento de negros, pardos e indígenas nesta edição do Enem. 

Além da Lei de Cotas, a expansão do Programa Universidade para Todos (ProUni), que concede bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior, ajuda a explicar os números.

(Com Estadão Conteúdo)