Declaração foi feita após leilão de Libra
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comemorou nesta segunda-feira a conclusão do leilão do pré-sal do Campo de Libra, vencido pelo consórcio formado pelas empresas Petrobras, Shell Brasil, a francesa Total e as chinesas CNPC e CNOOC. Segundo Mercadante, a exploração do campo permitirá um “salto extraordinário” de investimentos em educação.
“O dia de hoje é simbólico. Com a conclusão do leilão de Libra daremos um salto extraordinário de investimento da educação, com 75% dos royalties e 50% do fundo social que irão para a educação brasileira”, disse Mercadante, durante a assinatura da entrada do Brasil para o conselho diretor do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa).
A política educacional brasileira foi elogiada pelo secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría, entidade responsável pelo Pisa. Segundo ele, apesar de o País ter aparecido entre as últimas colocações no início da década de 2000, tem apresentado melhora no Pisa.
“Na primeira rodada do Pisa, o Brasil se classificou entre os últimos colocados. Mas vocês fizeram a lição de casa e já estão colhendo os frutos. Em 2009 as notas médias subiram em Leitura, Matemática e Ciência, colocando o Brasil entre os que mais melhoraram os resultados. O sistema educacional do Brasil é hoje mais inclusivo, de mais fácil acesso”, disse.
Mercadante afirmou que o resultado do Brasil reflete a diferença econômica com os países da OCDE, cuja renda per capita é três vezes maior que no Brasil. O Brasil não faz parte do grupo – que engloba 34 países membros -, mas participa do exame de avaliação desde 2000.
O ministro ressaltou, no entanto, que o Brasil tem investido mais em educação, comparado com o orçamento do país, que a média das nações da OCDE. São 18% do Produto Interno Bruto (PIB), contra 12% dos demais países, segundo ele.
“Só que nós somos o País que mais esforço está fazendo para investir em escola pública (em comparação com outras nações participantes do Pisa). Apesar desses avanços, o Brasil tem de ter uma consciência que a educação continua a ser o maior desafio estrutural do País”, disse. “E com os royalties seremos o país que mais estará fazendo esforços nessa direção”, acrescentou.
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