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Frustrado com uma negativa do MEC (Ministério da Educação) em adotar nas escolas do país seu método de “matemática simples” no início dos anos 1990, o professor de matemática William Martins Barbosa, 50, abandonou as salas de aula, gravou uma série de vídeos e começou a vender DVDs com suas lições de matemática nas ruas das capitais brasileiras.Segundo ele, fatura R$ 15 mil mensalmente com a comercialização de 50 unidades por dia, R$ 10 cada. Com isso, obtém um lucro líquido de aproximadamente R$ 10 mil por mês. Com um assistente, que oferece o DVD às pessoas que assistem à “aula pública” da “matemática fácil”, em grandes aglomerações dos centros urbanos, Barbosa trabalha diariamente de 10h às 19h.
“Viajo muito. Trabalho em São Paulo, no Rio, e em outras capitais. Mas só em cidades grandes. Dá para vender até mais de 50 DVDs por dia”, afirma o professor, formado pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).
Suas aulas de dois, três ou quatro minutos nas ruas atraem muitos interessados. Na segunda-feira (30), na avenida Amazonas, centro de Belo Horizonte, uma plateia de cerca de dez pessoas ouve atenta as dicas da “matemática simples”. Dois ou três compram o DVD. Havia também clientes assíduos na plateia que se formava e se dissolvia, num intervalo de poucos minutos.Provas no SesiCliente do professor, o aposentado José Soares Reis Júnior é informado por Barbosa que há uma nova versão das aulas. Ele fica satisfeito e adquire mais dois DVDs da coleção “matemática fácil”, dividida em duas: quatro DVDs cada uma delas.
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SeongJoon Cho/The Wall Street JournalNa Coreia do Sul, professor de inglês ganha R$ 9 milhões por ano
“Levei os DVDs para o meu sobrinho. Isso o ajudou a passar na prova para entrar no Sesi (Serviço Social da Indústria)”, afirma o aposentado. O menino de dez anos, explica Reis Júnior, enfrentou uma disputa acirrada para poder frequentar a escola do fundamental do Sesi, em Belo Horizonte. 
“O DVD foi fundamental para ele passar. Ajudou muito mesmo”, diz. O criador da “matemática fácil” sorri. Fica satisfeito com o comentário do cliente. “A maneira mais fácil para que uma pessoa comece a caminhar com as próprias pernas é entendendo as coisas, que têm de ser simples”, diz o professor. 
Do MEC às ruasBarbosa formou-se em matemática na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) em 1986. Deu aulas da disciplina em cursinhos preparatórios do vestibular e para concursos públicos durante sete anos. A partir daí, começou a ministrar aulas particulares em casa.
Nessas aulas, aperfeiçoou seu método. O professor consolidou e sistematizou o método num projeto encaminhado ao Ministério da Educação, em 1992. “Passei seis meses em Brasília, fazendo reuniões e pulando de sala em sala. Eles falavam que o projeto era ótimo, falavam que queriam o projeto para os filhos, mas acabaram arquivando tudo”, afirma o professor.
Nessa época, entre 1992 e 1993, Barbosa começou a gravar os primeiros vídeos e começou a venda nas ruas. “Queria que fosse para todo mundo. Mas eles não aprovaram. Vou divulgando em cidades grandes mas podia ser uma coisa muito maior”, lamenta.