fbpx

A UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) decidiu pelo fechamento do portão 4 da Ilha do Fundão, que liga a Linha Vermelha à rua Moniz de Aragão e ao CT-2 (Centro de Tecnologia 2), na zona norte da cidade, a partir da próxima sexta-feira (27).

A determinação surge depois de um sequestro-relâmpago de um professor do Coppead (Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração), no sábado (21). A vítima, cuja identidade não foi divulgada, foi levada por criminosos no momento em que tentava acessar a universidade. O carro teria sido abordado por três homens.

Segundo a reitoria da UFRJ, o fechamento do portão 4 tem o objetivo de “melhorar o controle das vias que dão acesso à Cidade Universitária e colaborar com as ações que a Polícia Militar realiza na região”. Há informações de que o local estava sendo utilizado por criminosos como rota de fuga.

Em nota, a UFRJ informou que, a partir de sexta, os veículos que chegarem ao Fundão por meio da Linha Vermelha deverão acessar o campus pelo portão 3, que dá acesso ao CCMN (Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza). A saída pela Ponte do Saber não será alterada.

“Faixa de Gaza”

Os caminhos que levam à FND (Faculdade Nacional de Direito), da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), no centro da capital fluminense, estão cada vez mais perigosos. Assaltos na região são rotina diária, enquanto o policiamento é mínimo. O número de roubos a transeuntes na área cresceu mais de 30% nos primeiros sete meses deste ano em relação ao mesmo período de 2012, o que tem feito os alunos evitarem aulas e palestras noturnas, além de andarem em grupo.

“A violência é democrática. Atinge alunos, professores, servidores, a qualquer hora do dia”, afirma o diretor da FND, Flávio Martins. A Praça da República, que fica na frente da entrada do prédio, passou a ser conhecida pelos estudantes como “a rua do passou, perdeu” ou como “Faixa de Gaza”.

A faculdade fica próxima à Central do Brasil e ao Campo de Santana, reduto de muitos moradores de rua e usuários de crack. A área é de responsabilidade do 5º Batalhão da PM (Polícia Militar) e da 4ª Delegacia de Polícia Civil (Praça da República).

Segundo o levantamento de incidências criminais no Estado divulgado mensalmente pelo ISP (Instituto de Segurança Pública), a região teve 107 roubos a transeunte registrados apenas no mês de julho –o mais recente disponível–, numa média de 3,45 por dia. O número representa 4,5% do total de ocorrências do tipo (2.373) contabilizadas na cidade em todo o mês.

Considerando as 647 ocorrências registradas na área da 4ª DP nos primeiros sete meses de 2013, a média é de 3,05 roubos por dia. O número é 3,92% do total da cidade no ano até o fim de julho (16.493). Em comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram registrados 495 casos, o aumento foi de 30,7%. Nos primeiros sete meses de 2012, os assaltos no entorno da FND representaram 3,02% do total no município.