O diretor da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) da USP, José Jorge Boueri Filho, publicou nesta terça-feira (17) no “Diário Oficial” a convocação para uma nova eleição para dirigente da unidade. A EACH fica na USP Leste, unidade autuada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) por descumprir exigências para a descontaminação do solo.
Nesta terça, professores, alunos e funcionários da USP Leste se reuniram com representantes da reitoria da USP e, entre as demandas apresentadas, pediram o afastamento do atual diretor da EACH. Eles estão em greve desde a semana passada.
O terreno da universidade concentra gás metano – altamente inflamável – proveniente do descarte do desassoreamento do rio Tietê. No dia 2 de agosto, a unidade foi autuada pela Cetesb por descumprimento de 11 exigências. Uma delas trata justamente do sistema de extração de gases do subsolo.
A portaria publicada hoje define que a eleição para composição da lista tríplice será realizada no dia 31 de outubro, com início às 10h. Podem concorrer professores titulares e associados da EACH. São eleitores os membros da Congregação da unidade.
A lista com os três nomes escolhidos será apresentada ao reitor da USP, que decidirá quem deve assumiu o cargo. Não há data para a posse do novo diretor.
Procurada pela reportagem, a USP disse que a eleição já estava prevista, porque um novo diretor deve tomar posse até março de 2014, quando vence o atual mandato de Boueri.
Em greve
Os professores, alunos e funcionários da USP Leste devem manter a greve pelo menos até a quinta-feira (19), quando uma nova reunião com a reitoria da USP está marcada. Além do pedido de afastamento do diretor, o grupo pediu nesta terça a apresentação de medidas para a solução do problema ambiental na área e a apuração das responsabilidades sobre a contaminação.
Eles ainda criticam a posição da USP, que ainda não enviou um posicionamento oficial sobre a autuação da Cetesb do início de agosto. A Cetesb confirmou que a universidade ainda não enviou os documentos, mas disse que o prazo será encerrado no início de outubro.
Ao UOL, a USP afirmou que a contaminação da área não traz riscos à comunidade acadêmica e que o caso está sendo apurado.
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