As escolas particulares já começaram a enviar aos alunos avisos de que as mensalidades vão subir acima da inflação. Agora, cabe aos pais pedir às instituições de ensino que informem por quê.
O maior exercício de matemática quem faz não é a Ana, mas a mãe dela – para pagar a mensalidade da escola. E vai ficar 10% mais cara em 2014.
“Eu achei muito alto, porque nós não temos um aumento de salário nessa proporção. A gente tem que tirar alguma coisa para poder continuar pagando e poder compensar porque fácil não é não”, diz a técnica em enfermagem Cláudia Massera.
De 2009 para cá, as mensalidades das escolas no país já subiram, em média, mais de 40%. Bem acima da inflação oficial – 28% por cento neste período.
Para chegar ao reajuste, as escolas incluem aluguel do prédio, gastos com equipamentos, manutenção e folha de pagamento, que segundo o Sindicato das Escolas Particulares de São Paulo, é a despesa que mais pesa e também vem subindo acima da inflação.
Cada escola define o seu próprio aumento. Agora, se, por um lado, os preços são livres, por outro, os pais têm o direito de saber para onde está indo o dinheiro. Em uma escola as mensalidades vão ficar 9,8% mais caras. A diretora afirma que está investindo na melhoria do ensino.
“Prédio novo para educação infantil, em laboratórios de física, química para Ensino Médio, laboratório de ciência e novos tablets”, explica Sueli Conte.
O Idec – Instituto de Defesa do Consumidor – diz que mesmo alto, o aumento pode ser justo.
“A lei de Defesa do Consumidor diz que é justo pagar por todo serviço efetivamente prestado. Se o serviço efetivamente prestado teve um aumento e a escola consegue demonstrar isso para os pais, é possível dizer que estão cobrando um preço justo. Se houve um aumento desmedido, um aumento excessivo, aí dá para falar em abusividade”, explica o gerente técnico do Idec Carlos Thadeu de Oliveira.
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