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Pelo menos 19 mil técnicos formados e aptos para exercer uma profissão no mercado de trabalho. Esse é o legado parcial das Escolas Estaduais de Educação Profissional (EEEPs), implantadas pelo Governo do Estado a partir de 2008. O projeto – iniciado com quatro cursos e 25 escolas – agora conta com 97 unidades em funcionamento e 51 opções diferentes de formação. Atualmente, há 9 mil alunos estagiando e 1.400 empresas parceiras nos estágios.

 

O número de jovens que, após formados, conseguiram ingressar no mercado de trabalho e em universidades ainda será levantado. A titular da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), Izolda Cela, informou que está sendo planejada uma avaliação – com apoio do Banco Mundial – para saber qual a situação dos alunos egressos das EEEPs. “Para que possamos ter um retrato mais consistente e fundamentado. E não apenas as nossas avaliações e impressões”, pontua.

Tempo integral

 

Nas EEEPs, os professores têm dedicação exclusiva e horários reservados para planejamento. Os alunos permanecem na instituição das 7h às 17 horas e recebem três refeições (almoço e lanches de manhã e de tarde). Larisse Souza, 15 anos, estudante do curso de Eletromecânica da EEEP Jaime Alencar de Oliveira teve resistência ao realizar a matrícula, pois não queria permanecer na instituição durante o dia inteiro. “Mas acabei gostando da escola, gostando do curso. Quero começar as aulas técnicas o mais rápido possível”.

 

Localizada no bairro Luciano Cavalcante, a EEEP Jaime de Alencar Oliveira obedece ao padrão indicado pelo Ministério da Educação (MEC): auditório, biblioteca com acervo técnico, laboratórios bem equipados, refeitório, área esportiva.

 

As lições nos laboratórios ainda não foram iniciadas. Nas primeiras semanas, segundo a diretora Mônica Silva, é necessário reforçar o nível dos alunos nas disciplinas de base comum (Português, Matemática, Biologia, etc). O professor de Física Mateus Carneiro lembra que é preciso incentivar os alunos e corrigir as deficiências, mas é necessário também respeitar a dinâmica de tempo dos adolescentes. “Não quero que ninguém desista do curso. Vocês nem começaram a brincar ainda”, avisa o professor para a turma de jovens, já ávidos pelos botões e fios coloridos do laboratório de Eletromecânica.

 

Desde que começou a estudar na EEEP Paulo VI, localizada no Jardim América, Raiane já tinha um objetivo traçado: conseguir terminar o curso e ter uma carreira na Enfermagem. Agora, ela desdobra o tempo entre a escola, o estudo para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o estágio curricular exigido no último ano do curso. “Hoje, somos uma turma unida. Os professores sempre estão presentes e oferecem apoio. Isso ajuda”, comenta a estudante.

 

ENTENDA A NOTÍCIA

 

As primeiras Escolas Estaduais de Educação Profissional começaram a funcionar em 2008. Eram 25 instituições, seis localizadas em Fortaleza. No início, prédios já existentes foram adaptados para receber o projeto.

 

Multimídia

 

O ensino profissionalizante no Ceará é o Tema do Dia na cobertura de hoje dos veículos do Grupo de Comunicação O POVO. Confira:

 

Para escutar: Na rádio O POVO/CBN (FM 95,5), o tema será discutido no programa Grande Jornal, às 9 horas, e/ou no programa Revista O POVO/CBN, às 15 horas. Na rádio Globo/O POVO (AM 1010), o tema será discutido no programa Manhã da Globo, às 10 horas.

 

Para ver: A TV O POVO trará uma matéria sobre o tema no O POVO Notícias, às 18h30min. Assista à programação pelo canal 48 (UHF e TV Show) e 23 (Net).